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Acessibilidade Cultural no Brasil

Acessibilidade Cultural no Brasil

audiodescrição de fotografia: foto de uma mulher negra do peito para cima. Ela tem cabelos longos arrumados em tranças sobre seu ombro direito . Usa uma blusa de seda bege e está com a cabeça inclinada para frente e para cima. Borboletas de papel brancas cobrem seus olhos e sua bochecha.
Foto: Cottonbro Studio

Por Tatiane Hardt

No Brasil o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) em vigor desde 2016, garante uma série de direitos, no entanto, as pessoas com deficiência ainda têm um longo caminho a percorrer pela conquista dos direitos previstos na lei.

Segundo o Censo do IBGE realizado em 2010, cerca de 24% da população brasileira é composta por pessoas com deficiência, que podem apresentar diferentes tipos de deficiências, como visual, auditiva, física e/ou intelectual.

O Censo apontou ainda que a população com deficiência no Brasil enfrenta uma grande desigualdade no mercado de trabalho, com uma diferença salarial significativa em relação às pessoas sem deficiência.

De acordo de acordo com um artigo da revista Estudos Econômicos, a realidade do mercado de trabalho brasileiro para estas pessoas é marcada por restrições e segregações ao recebem, em média, menores salários.

A atitude capacitista também é uma realidade que a população com deficiência enfrenta. Essa atitude se manifesta em diversas formas de discriminação, que muitas vezes impedem o acesso dessas pessoas a direitos básicos, como educação, trabalho e saúde. É importante o combate à atitudes capacitistas. Promover inclusão social e acessibilidade para que as pessoas com deficiência possam exercer plenamente seus direitos e viver com dignidade. Direitos como ir e vir, acesso aos equipamentos públicos e ações culturais, que fazem parte do dia a dia de pessoas sem deficiência, são por vezes um desafio.

Infelizmente, o Censo de 2021 foi cancelado devido a um corte significativo de recursos previstos no Orçamento Geral da União para a pesquisa, o que impediu a atualização dos dados sobre a população com deficiência no Brasil. Com um corte de 96% nos recursos previstos no Orçamento Geral da União para a pesquisa, é a primeira vez que o Censo não é realizado com o intervalo de 10 anos entre cada Censo, desde o início dos levantamentos em 1920. É fundamental que a sociedade e o governo empreendam esforços para garantir que a população com deficiência tenha seus direitos garantidos e seja incluída nas políticas públicas e nas atividades cotidianas, e isto só é possível à partir de dados atualizados.

Um exemplo muito evidente de violação dos direitos da pessoa com deficiência passa pela obrigatoriedade prevista em Lei de que todos os web sites brasileiros ofereçam acessibilidade. Porém a estimativa é de que menos de 1% dos sites brasileiros cumprem com todos os requisitos de acessibilidade.

Acessibilidade cultural é uma das premissas essenciais para a ESQUINA GRÁFICA. Para tanto, ao iniciarmos nossa jornada de estruturação da Plataforma Criativa em formato digital, buscamos parceiros que possibilitassem assertividade desde os primeiros passos. A iniciativa da ESQUINA GRÁFICA na busca de parceiros e soluções para tornar nossa Plataforma digital acessível e inclusiva, oferecendo arte sem barreiras para todos, acontece através de um Edital Municipal de Fomento Cultural e demonstra a importância destes mecanismos na garantia de direitos constitucionais. Essa iniciativa é um exemplo positivo de como é possível promover acessibilidade e inclusão, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

NOSSA TRAJETÓRIA NA BUSCA POR INCLUSÃO

O processo de estruturação de uma Plataforma acessível de verdade, utilizando mecanismos que vão desde uso da tecla tab para navegabilidade da pessoa cega, audiodescrição de imagens e botões, habilitação de zoom em acesso mobile, tradutor virtual de LIBRAS, exige intensa busca por parceiros, estudo e pesquisa. Envolve tecnicalidades intrínsecas de programação, e demanda constante busca de feedback da experiência de usuário com deficiência. Por isso, Nossa equipe de produção está à disposição para quaisquer sugestões e críticas para que possamos melhorar sempre nossa oferta de ARTE SEM BARREIRAS para todos.

Este projeto só é possível através da parceria entre as empresas Tita Tinta Ilustrações e a 3w4u Soluções Tecnológicas, e por se tratar de um Projeto Cultural patrocinado e aprovado pela Prefeitura Municipal de Blumenau e pela Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais de Blumenau, por meio do Fundo Municipal de Apoio à Cultura. Editais de cultura como o Herbert Holetz são essenciais para a construção sociocultural por direitos em comunidade.

Sugestões de leitura sobre o tema – Artigos:

 “Pessoas com diferentes tipo de deficiência têm menor remuneração e oportunidades no mercado de trabalho
Por Margareth Artur – Portal de Revistas USP

Deficiência, Emprego e Salário no Mercado de Trabalho Brasileiro
Por Kalinca Léia Becker

 

Audiodescrição de card informativo. Na parte superior, um pequeno retângulo preto, em letras caixa alta brancas, o texto: ESQUINA GRÁFICA. Imagem em diagonal de uma mulher sentada sobre um tapete, em uma posição de yoga. Ela está com as pernas cruzadas em frente ao corpo, a perna esquerda descansa sobre a direita. As palmas das  mãos se tocam em frente ao peito. Branca, de pele clara, ela possui síndrome de down,. Os cabelos longos, castanhos, levemente cacheados estão amarrados em um rabo de cavalo, com alguns fios curtos soltos que caem sobre a testa. A cabeça está ligeiramente inclinada para baixo, o rosto possui traços delicados, sobrancelhas finas e bem delineadas, olhos, nariz e boca pequenos. Na orelha esquerda usa um pequeno brinco com duas contas prateadas.  Ela veste blusa ajustada ao corpo em tom terroso, com decote arredondado e mangas longas dobradas presas por presilha e calça leggin cinza.Ao fundo, parede texturizada cinza, vaso com planta alta à direita e piso de madeira.  Sobre a imagem, margeada com linhas finíssimas e irregulares laranja, o texto em letras brancas: Quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou ter alguma deficiência em pelo menos uma das funcionalidades investigadas (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental e/ou intelectual em diversos graus.  Fonte: Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE). Na margem inferior do card, sobre fundo claro, as logomarcas dos patrocinadores. Em letras laranja, Lei Aldir Blanc em Santa Catarina, à direita sobreposta em um quadrado azul, o busto do artista em cor laranja. Conselho Estadual de Cultura - SC. Três linhas curvas que formam as letras estilizadas: C em vermelho, E em verde e C em vermelho. Fundação Catarinense de Cultura, letras iniciais estilizadas e em diagonal se encaixam: F e C em verde e C em vermelho. Governo do Estado de Santa Catarina, na parte superior, à direita, a bandeira flamulante do estado. Secretaria Especial da Cultura. Ministério do Turismo. Governo Federal em letras pretas pequenas, em destaque: Pátria Amada Brasil, em letras grandes verdes. Bandeira do Brasil estilizada, sobre retângulo verde oliva a imagem parcial do quadrado amarelo e do círculo azul, aparecem da metade para cima, entrecortada por uma faixa horizontal branca iluminada, cuja luz se dissipa nos demais elementos.  Abaixo das logomarcas, Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recurso do Governo Federal e da Lei Aldir Blanc.
Foto: Cliff Booth

Arte: Tita Tinta Ilustra
Audiodescrição: Ouvindo Imagens

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O que é Acessibilidade Cultural?

O que é Acessibilidade Cultural?

Audiodescrição de card informativo. Na parte superior, um pequeno retângulo preto, em letras caixa alta brancas, o texto: ESQUINA GRÁFICA. .À esquerda, lateral de uma cadeira de rodas, a mão esquerda de um homem branco segura a roda esquerda. A manga da camisa xadrez preto e branco está dobrada deixando o pulso aparente. Sobre a imagem margeada com linhas finíssimas e irregulares laranja, a frase com letras caixa alta laranja: O QUE É ACESSIBILIDADE CULTURAL? Na margem inferior do card, sobre fundo claro, as logomarcas dos patrocinadores. Em letras laranja, Lei Aldir Blanc em Santa Catarina, à direita sobreposta em um quadrado azul, o busto do artista em cor laranja. Conselho Estadual de Cultura - SC. Três linhas curvas que formam as letras estilizadas: C em vermelho, E em verde e C em vermelho. Fundação Catarinense de Cultura, letras iniciais estilizadas e em diagonal se encaixam: F e C em verde e C em vermelho. Governo do Estado de Santa Catarina, na parte superior, à direita, a bandeira flamulante do estado. Secretaria Especial da Cultura. Ministério do Turismo. Governo Federal em letras pretas pequenas, em destaque: Pátria Amada Brasil, em letras grandes verdes. Bandeira do Brasil estilizada, sobre retângulo verde oliva a imagem parcial do quadrado amarelo e do círculo azul, aparecem da metade para cima, entrecortada por uma faixa horizontal branca iluminada, cuja luz se dissipa nos demais elementos. Abaixo das logomarcas, Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recurso do Governo Federal e da Lei Aldir Blanc.

Partimos do princípio, traduzindo o óbvio: Pessoas com deficiência são consumidores de cultura, sim!

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) atesta que as pessoas com deficiência possuem direito aos meios culturais acessíveis e que é preciso assegurar sua participação nas atividades culturais. Vem normatizar o que já é previsto na Constituição Federal de 1988, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se (…) a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Mas o que é Acessibilidade Cultural?

Acessibilidade Cultural é um conceito que visa garantir o acesso de todas as pessoas à cultura e às atividades culturais, independentemente de sua condição física, mental, social ou econômica.

Isso significa que todos devem ter a oportunidade de participar de eventos culturais, ou seja, a Acessibilidade Cultural pressupõe que os documentários, as peças de teatro, as exposições nos museus, os projetos culturais virtuais e presenciais estejam ao alcance de qualquer pessoa sem que nenhuma barreira ou obstáculo os impeça de fazê-lo. Permitindo assim a construção de conhecimentos coletivos sobre a importância da cultura para a formação da pessoa, com ou sem deficiência. Porém na prática, observamos uma precarização na disponibilidade dos elementos de acessibilidade em espaços culturais.

A acessibilidade cultural é um direito fundamental que deve ser garantido a todos os cidadãos, e cabe às autoridades públicas, às empresas e às organizações da sociedade civil promoverem políticas e práticas que favoreçam a inclusão e a acessibilidade cultural. Isso envolve a adoção de medidas como a construção de espaços culturais adaptados, a disponibilização de materiais em formatos acessíveis, a oferta de recursos de tradução e interpretação e o desenvolvimento de programas educacionais e de sensibilização.

Porém enquanto sociedade civil organizada, nós artistas temos uma parcela importante na responsabilidade de garantir acessibilidade em nossas obras e ações culturais. Pensar um projeto desde sua concepção com formas de acesso para todos os públicos garante que ao chegar à fase de execução esta seja uma etapa como qualquer outra na logística da produção cultural.

 

DESAFIOS E CONQUISTAS

Um dos principais desafios para a promoção da acessibilidade cultural é a falta de consciência e de conhecimento sobre a importância desse tema. Muitas vezes, as pessoas não se dão conta de que suas práticas e hábitos cotidianos podem estar excluindo grupos vulneráveis e limitando o acesso à cultura. É preciso, portanto, investir em campanhas de conscientização e educação, para que a população em geral possa compreender a dimensão do problema e contribuir para a sua solução.

Outro desafio importante é a falta de recursos financeiros e materiais para a promoção da acessibilidade cultural. Nem sempre as empresas e as organizações têm condições de investir em tecnologias e adaptações que possam favorecer a inclusão e a acessibilidade. Nesse caso, é importante que as políticas públicas ofereçam incentivos e subsídios para que essas iniciativas possam ser implementadas.

Confira abaixo  4 dicas para garantir que seu projeto não seja excludente:

 

audiodescrição simplificada de fotografia: em frente a uma parede verde clara, uma mulher sorri, segurando com as duas mãos um brócolis. Ela é uma mulher branca, e tem cabelos coloridos de rosa e azul. Sorri olhando para frente e usa uma camisa listrada verde e branca. A mão direita segurando o brócolis sobre sua cabeça é uma prótese de cor preta, substituindo o membro amputado.
Foto: Anna Shvets
  1. Utilize ferramentas digitais acessíveis: Uma maneira econômica e eficiente de oferecer acessibilidade é utilizar ferramentas digitais acessíveis, como legendas, audiodescrição, LIBRAS, entre outras, para tornar o conteúdo cultural mais acessível para pessoas com deficiência visual, auditiva e cognitiva. Existem diversas ferramentas gratuitas disponíveis na internet que podem ajudar nesse processo.

  2. Colabore com intérpretes de LIBRAS e audiodescritores voluntários: Se você não tem recursos financeiros para contratar profissionais especializados em acessibilidade, uma alternativa é buscar intérpretes de LIBRAS e audiodescritores voluntários que possam ajudar na produção de conteúdo acessível. Existem muitas pessoas engajadas em ações sociais que podem estar dispostas a colaborar com o projeto cultural.

  3. Busque parcerias com instituições e organizações da sociedade civil: As instituições e organizações da sociedade civil que atuam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência podem ser importantes aliadas na promoção da acessibilidade cultural. Estabelecer parcerias com essas entidades pode trazer benefícios mútuos e ajudar a viabilizar a oferta de ações culturais acessíveis.

  4. Disponibilize materiais em formatos acessíveis: Disponibilizar materiais em formatos acessíveis, como textos em Braille, vídeo com legendas e audiodescrição, tour tátil de instrumentos e figurinos, imagens audiodescritas, entre outras medidas, pode ajudar a tornar o conteúdo cultural mais acessível e inclusivo. Além disso, é importante que esses materiais estejam disponíveis em plataformas acessíveis e de fácil navegação para as pessoas com deficiência.

PROMOVA AÇÕES CULTURAIS INCLUSIVAS

Para além da oferta de conteúdo acessível, é importante que as ações culturais em si sejam inclusivas, ou seja, que os espaços e as atividades estejam adaptados às necessidades para receber pessoas com deficiência. A acessibilidade arquitetônica envolve a disponibilização de rampas de acesso, banheiros adaptados, sinalização tátil e sonora, espaço reservado para receber cadeirantes na ação cultural, entre outras medidas.

Prover acessibilidade em projetos culturais não precisa ser um processo caro ou complexo. Com um pouco de criatividade e engajamento, é possível oferecer conteúdo cultural acessível e inclusivo para todas as pessoas, independente de suas limitações.

A acessibilidade cultural é uma questão fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e democrática, em que todos tenham as mesmas oportunidades de acesso à cultura e ao conhecimento. Promover a inclusão e a acessibilidade cultural é, portanto, um dever de todos, e requer a mobilização de esforços e recursos de todas as partes envolvidas.

Queremos instigar a reflexão sobre a necessidade de ações culturais que contemplem a acessibilidade, a diversidade e a democratização de acesso. Quais são esses mecanismos, como funcionam e como são aplicados. Acompanhe nossas postagens e vamos aprender juntes sobre essa belezura que é a acessibilidade cultural plena.

Arte: Tita Tinta Ilustra
Audiodescrição: Ouvindo Imagens

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Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais

Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais

Audiodescrição do card de divulgação em fundo branco com alguns respingos pretos. Sobre ele um retângulo vertical preto, com margem inferior lilás, com o texto: em letras caixa alta brancas: OFICINA DE, em vermelho: AUTO, em branco: PRODUÇÃO. Abaixo: ARTES VISUAIS. 22 a 25 março, o horário está na lateral da data: 10:30h. Na margem esquerda, texto na vertical,caixa alta em vermelho: INSCRIÇÕES ABERTAS. Abaixo em letras pretas, até 21 de março. Na margem à direita, em preto, o ícone de acessibilidade em Libras, com o desenho em preto de duas mãos sobrepostas, uma voltada para cima e a outra para baixo; Entre dois pequenos marcadores de forma quadrangular: LINK NA BIO e o ícone do Youtube. Na margem inferior do card, as logomarcas dos patrocinadores. Em letras laranja, Lei Aldir Blanc em Santa Catarina, à direita sobreposta em um quadrado azul, o busto do artista em cor laranja. Conselho Estadual de Cultura - SC. Três linhas curvas que formam as letras estilizadas: C em vermelho, E em verde e C em vermelho. Fundação Catarinense de Cultura, letras iniciais estilizadas e em diagonal se encaixam: F e C em verde e C em vermelho. Governo do Estado de Santa Catarina, na parte superior, à direita, a bandeira flamulante do estado. Secretaria Especial da Cultura. Ministério do Turismo. Governo Federal em letras pretas pequenas, em destaque: Pátria Amada Brasil, em letras grandes verdes. Bandeira do Brasil estilizada, sobre retângulo verde oliva a imagem parcial do quadrado amarelo e do círculo azul, aparecem da metade para cima, entrecortada por uma faixa horizontal branca iluminada, cuja luz se dissipa nos demais elementos. Abaixo das logomarcas, Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recurso do Governo Federal e da Lei Aldir Blanc.

A ESQUINA GRÁFICA inicia os trabalhos em 2022 com uma oportunidade imperdível para artistas visuais, sejam estudantes, profissionais ou você que está se inserindo no mercado agora. Serão 4 dias de oficinas que abordarão questões relacionadas ao posicionamento de mercado, dicas de gestão, atendimento ao cliente, construção de portfólio, e ainda dicas sobre como ampliar o alcance do seu belíssimo trabalho ao prever acessibilidade em suas obras.

“Ah, eu sou tatuador(a)(e) / grafiteiro(a)(e) / fotógrafo(a)(e) / designer gráfico(a)(e) / ilustrador(a)(e), posso participar dessas oficinas?”

Pode, e deve! As oficinas são voltadas para artistas visuais catarinenses, brasileiros e imigrantes, com ou sem deficiência, sendo estes estudantes, acadêmicos, pesquisadores e professores, profissionais autônomos, artistas em busca de inserção no mercado de ilustração, com ou sem formação acadêmica na área, com acesso à internet, de todas as classes sociais; a partir de 16 anos, de todos gêneros e identificações étnico-raciais.

Para se inscrever basta acessar o link e preencher os dados; e dias de interesse das oficinas. Mas corre que as inscrições vão só até 21 de março – Lembrando que haverá certificado de participação para os inscritos.

O time à frente dessa jornada conta com a potência de Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli, da empresa Una! Criatividade e Impacto Positivo. Com uma vasta experiência no setor de economia criativa, a dupla vai nos conduzir nesta jornada rumo ao aprimoramento profissional.

PROGRAMAÇÃO

Dia 22 de março, terça-feira: Atendimento, Precificação e CNPJ – Artista visuais no dia a dia do mercado. Duração 45 minutos + 15 minutos para responder perguntas. Ministrantes: Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli

Dia 23 de março, quarta-feira: Sem fórmula mágica para a produção – Aprenda a montar cronogramas e gerenciar o seu dia a dia. Duração 45 minutos + 15 minutos para responder perguntas. Ministrantes: Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli

Dia 24 de março, quinta-feira: Eu no mundo – a importância da comunicação interpessoal, portfólio e redes sociais. Duração 45 minutos + 15 minutos para responder perguntas. Ministrantes: Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli

Dia 25 de março, sexta-feira: Acessibilidade cultural – entenda os tipos de acessibilidade e como realizar produções culturais acessíveis. Duração 45 minutos + 15 minutos para responder perguntas. Ministrantes: Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli

O Projeto Cultural ESQUINA GRÁFICA – Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais, da Tita Tinta Ilustrações, é patrocinado pelo Edital Aldir Blanc 2021 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

Em um círculo branco, sobre um fundo de respingado de tinta em preto, a fotografia colorida em primeiro plano do oficinante. Ele é branco de pele clara. O cabelo é escuro e está amarrado em um rabo de cavalo, barba e bigode. Os olhos estão um pouco fechados, ele usa óculos de grau, com armação quadrada preta e está sorrindo. Veste T-shirt branca de manga curta, deixando os braços tatuados aparentes. Sobreposta a fotografia uma moldura retangular vertical com linha finíssima laranja. logo abaixo da moldura o nome Qiah Salla.

CEO da Dois Pontos: Una! Mente criativa e conector entre as necessidades das marcas com a realização de projetos criativos e de propósito. Como consultor em criatividade, Qiah atua auxiliando empresas e instituições de médio e grande porte a desenvolverem projetos de impacto positivo em seu ecossistema. Trabalhou com marcas como Sistema Ailos, Cooper, Bradesco, Caixa, Sesc, Senai e coordenou ações de posicionamento de projetos, programas e planejamento estratégico de comunicação de diferentes instituições ligadas à cultura. Realizou mais de 300 eventos e projetos relacionados à criatividade e publicidade. Atualmente assessora 22 municípios no desenvolvimento de políticas públicas para de cultura que favoreçam a arte e a inovação. Esteve Conselheiro Estadual de Cultura de Santa Catarina, eleito para mandato 2019-21.

Em um círculo com fundo de plantas verdes, a fotografia colorida em primeiro plano da oficinante, sobreposta sobre respingos de tinta preta. Ela é branca de pele clara. O cabelo escuro está amarrado em um rabo de cavalo. As sobrancelhas são arqueadas e bem delineadas. Os olhos castanhos, amendoados e expressivos, lábios médios fechados, com batom nude. Veste blusa vermelha, lenço em tons de roxo e vermelho em volta do pescoço. Sobreposta a fotografia uma moldura retangular vertical com linha finíssima laranja, logo abaixo da moldura o nome Maria Teresa Piccoli

Com quase duas décadas atuando como produtora e gestora de programas culturais, Maria coordena projetos e a produção da equipe de criação da Dois Pontos: Una! Traz na bagagem o trabalho em uma das mais importantes instituições culturais brasileiras, o Sesc. Onde dirigiu e produziu projetos para promover a fruição e o aprendizado em música, teatro, dança, circo e literatura em todo o país, especialmente Santa Catarina. Colaborou com as discussões em política cultural através de suas participações como conselheira no Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina (2013/2017). É Bacharel em Letras pela Unochapecó (SC), tem pós-graduação em Gestão Cultural pelo Senac (PR) e Gestão de Projetos no MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2020 foi agraciada pelo Governo do Estado de Santa Catarina com a Medalha Cruz e Sousa, a maior honraria concedida na área da Cultura.

CONCURSO CULTURAL

Tem mais! Estas oficinas serão facilitadoras para a próxima etapa vindo por aí: o Concurso Cultural ESQUINA GRÁFICA, que abrirá as portas para a primeira plataforma acessível de ilustradores do Brasil.

As Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais oferecem capacitação para que os/as artistas possam prestigiar o Concurso Cultural ESQUINA GRÁFICA, que abre inscrições no segundo semestre de 2022, para a ocupação da estrutura web da primeira Plataforma Criativa de Artistas Visuais acessível do Brasil: www.esquinagrafica.com.br. Num espaço organizado de forma profissional, os artistas poderão apresentar seu trabalho, portfólio, e demais informações para que possam ser contratados por empresas e pessoas de qualquer parte do Brasil, assim como vender seus produtos. Este concurso prevê a ocupação de forma totalmente gratuita e sem nenhuma taxa de inscrição, com recorte de acesso garantido para artistas indígenas, negros/as, com deficiência, terceira idade e recém-ingressos no mercado.

Além do espaço disponibilizado para artistas, a Plataforma Criativa contará ainda com uma Galeria Permanente de Arte Acessível, área de formação/cursos, entre outras novidades.

O Projeto Cultural Plataforma Digital ESQUINA GRÁFICA, da Tita Tinta Ilustrações, é patrocinado pela Prefeitura Municipal de Blumenau e pela Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais de Blumenau, por meio do Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau.

Fortalecer, fomentar, crescer… Só vem!

SERVIÇO

ESQUINA GRÁFICA – Oficinas de Autoprodução Para Artistas Visuais

De 22 a 25 de março, às 19h30

Pelo canal https://bit.ly/YouTubeEsquinaGrafica

Inscrição gratuita pelo link: https://esquinagrafica.com.br/inscricao-oficinas-de-autoproducao Vagas limitadas

Classificação Livre e com tradução em Libras

Apoio: Hand Talk e UFSC Campus Blumenau.

EQUIPE TÉCNICA ESQUINA GRÁFICA – OFICINAS DE AUTOPRODUÇÃO PARA ARTISTAS VISUAIS

Tatiane Hardt, idealizadora do projeto e do Esquina Gráfica: pré/pós e produção executiva
Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli: Ministrantes das oficinas
Mara Rubian Matteussi: Audiodescrição
Suzi Daiani da Silva: Libras
Tita Tinta Ilustrações: Design gráfico
Luana Hang Upnmoor: Assistência executiva e mídias sociais
Nane Pereira Comunicação e Arte: Assessoria de imprensa

Saiba mais sobre nossa equipe de produção

Quais são os tipos de acessibilidade?

Quais são os tipos de acessibilidade?

Audiodescrição de Card informativo. Na parte superior, um pequeno retângulo preto, em letras caixa alta brancas, o texto: ESQUINA GRÁFICA. Na imagem, mãos negras tocam com as pontas dos dedos um texto em braille impresso em papel branco. No fundo desfocado, uma xícara branca sobre a mesa. Sobre a imagem margeada com linhas finíssimas e irregulares laranja, a frase com letras caixa alta laranja: QUAIS SÃO OS TIPOS DE ACESSIBILIDADE? Na margem inferior, sobre fundo branco, as logomarcas. Apoio: 3w4u, Soluções tecnológicas. Realização: em letras pretas estilizadas, Tita Tinta Ilustrações. Patrocínio: Prêmio Herbert Holetz, um rolo de filme para cinema se desenrola e forma a letra P. Duas formas ondulares, nas cores azul e rosa de frente uma para outra, abaixo, Fundo Municipal de Apoio à Cultura. Seis círculos distintos e agrupados, ao lado as letras C, em vermelho e MPC em verde, abaixo, Conselho Municipal de Política Cultural - Blumenau. Fotografia em preto e branco da fachada de um prédio histórico, ao lado, Secretária Municipal de Cultura e Relações Institucionais. Bandeira de Blumenau, brasão municipal centralizado sobre listas brancas e vermelhas, a esquerda uma faixa vertical ondular azul, abaixo, Prefeitura de Blumenau.

Por Tatiane Hardt

Já falamos um pouquinho sobre Acessibilidade Cultural e sua importância aqui em nosso Blog. Mas quais são os tipos de acessibilidade e a forma como se aplicam?

A importância da Acessibilidade Cultural é indiscutível, e a sua aplicação é possível em diversos âmbitos, como nas comunicações, legislação e normativas, ações pedagógicas, extinção de barreiras físicas, utilização de ferramentas tecnológicas e escolhas de comportamento pessoal.

Acessibilidade Cultural é um direito que deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de suas limitações, e para isso, é preciso estar atento aos tipos de acessibilidade e sua aplicação em todas as áreas da sociedade. Mas quando falamos em arte e cultura, deveríamos estar falando em termos sinônimos ao acesso e inclusão. Afinal, quem quer que suas obras sejam excludentes, não é mesmo?
 
Vem com a gente, vamos aprender juntos como criar, expor e vender obras acessíveis a todos os públicos.
 

Você conhece o termo CAPACITISMO?

O capacitismo está para as pessoas com deficiência como o machismo está para as mulheres ou o racismo para pessoas negras. Se baseia numa determinada concepção do corpo “certo”, “padrão”, “perfeito”. É uma forma de discriminação que se manifesta por meio da exclusão,
marginalização ou inferiorização das pessoas com deficiência, com base na crença de que elas são menos capazes ou menos valiosas do que as
pessoas sem deficiência. Esse tipo de discriminação pode ser sutil ou explícita, e pode ser encontrado em vários aspectos da vida cotidiana,
incluindo educação, emprego, saúde, transporte, cultura, entre outros.

Capacitismo (em inglês: ableism) é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência. Em sociedades capacitistas, a ausência de qualquer deficiência é visto como o “normal”, e pessoas com alguma deficiência são entendidas como exceções; a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido (às vezes até ocultado/escondido), se possível por intervenção médica; um exemplo de postura capacitista é dirigir-se ao acompanhante de uma pessoa com deficiência física em vez de falar diretamente com a própria pessoa.

A noção de que Pessoas Com Deficiência – PCD – são inferiores às pessoas sem deficiência não é novidade em nossa sociedade. A história da exclusão de pessoas com deficiência remonta a diferentes civilizações antigas. Durante séculos, as pessoas com deficiência foram excluídas do convívio em sociedade, sendo colocadas em instituições ou isoladas/escondidas em casa.

No final do século XIX e início do século XX, houve uma mudança na forma como a sociedade enxergava as pessoas com deficiência, com o surgimento do movimento eugênico que promovia a esterilização forçada e o extermínio de pessoas com deficiência consideradas “indesejáveis”. Temos o triste exemplo da era nazista na Alemanha, onde milhares de pessoas foram assassinadas. Mas o movimento eugenista também teve uma história muito forte no Brasil e em outras partes do mundo.

A partir da década de 1960, com o movimento pelos direitos civis, as pessoas com deficiência exigiram mudanças nas atitudes sociais e políticas públicas.

Vale mencionar que o capacitismo é um preconceito estrutural e pode ser encontrado como opressão ativa e deliberada (insultos, considerações negativas, arquitetura inacessível), quanto como opressão passiva (como reservar às pessoas com deficiência tratamento de pena, de inferioridade e subalternidade).

audiodescrição simplificada de fotografia: homem cego sentado em um sofá, segurando sua bengala branca com as duas mãos à frente do seu corpo. Ele tem cabelo preto e curto, sobrancelhas pretas, sendo que a sobrancelha direita tem uma falha decorativa, usa barba preta e bigode bem aparados, veste uma camisa branca, uma jaqueta cinza aberta e calça jeans clara. Tem os olhos abertos, com retinas descoloridas, e uma expressão séria. Ao fundo uma parede branca e um balcão cinza onde estão dispostos livros e um quadro branco.
Foto: Tima Miroshnichenko

Essa atitude permanece presente no nosso dia a dia, enquanto fazedores de cultura, a cada nova exposição que se inaugura, que só pode ser acessada por pessoas videntes, ouvintes e sem qualquer outro tipo de deficiência.

Acesso à cultura é um direito previsto na Lei Brasileira de Inclusão. A arte pode, e deve, chegar muito mais longe, realmente acessível para todos os públicos, sem discriminação nem barreiras.

Para uma melhor compreensão dos tipos de acessibilidade, podemos dividi-los em sete categorias: Acessibilidade Atitudinal, Instrumental, Arquitetônica, Metodológica, Programática, Natural e nas Comunicações.

ACESSIBILIDADE ATITUDINAL

Refere-se ao comportamento das pessoas sem preconceitos, estereótipos, estigmas e discriminações; Um ótimo exemplo começa por trocar o termo “deficiente” por pessoa com deficiência, porque a pessoa vem antes de sua deficiência.

ACESSIBILIDADE INSTRUMENTAL

Tem como objetivo superar barreiras através de utensílios, instrumentos e ferramentas necessárias ao estudo nas escolas, atividades profissionais, de recreação e lazer. Um exemplo é o uso de software leitor de tela para pessoas cegas, que acessa a audiodescrição de imagens no alt text.

ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA

Visa a adequação de espaços e a extinção de barreiras físicas e ambientais em residências, espaços públicos e privados, edificações e equipamentos urbanos, através de rampas, elevadores e banheiros adaptados.

Exemplo de audiodescrição realizada pela empresa Look By Sound da obra “Mona Lisa“, de Leonardo Da Vinci

FICHA TÉCNICA
Audiodescrição e narração – Ligia Ribeiro
Consultoria em audiodescrição – Luciane Molina
Pintor renascentista – Leonardo da Vinci
Trilha sonora – Dolce Amoroso Foco – melodia renascentista

A pintura a óleo sobre madeira, intitulada Mona Lisa, foi pintada pelo italiano renascentista Leonardo da Vinci, entre 1503 e 1506. Mede 77 cm de altura por 53 cm de largura. Leonardo usou a técnica “sfumato“: estilo esfumaçado, com contornos sombreados, gradações de luz e sombra e variações de cores. A obra de arte está exposta no Museu do Louvre, em Paris.

ACESSIBILIDADE METODOLÓGICA

Refere-se à queda de barreiras nas metodologias de ensino, com a utilização de recursos de acessibilidade para alunos com deficiência, como textos em braille, audiodescrição de imagens ou alto relevo, por exemplo.

ACESSIBILIDADE PROGRAMÁTICA

Está relacionada às normas, leis e regimentos que respeitam e atendem as necessidades das pessoas com deficiência, e se necessário, utilizar adaptações razoáveis para incluir a todos.

ACESSIBILIDADE NATURAL

Visa a adequação de espaços para adequar ou superar barreiras da própria natureza, como no caso de um cadeirante que terá dificuldades em se locomover em uma vegetação irregular ou uma calçada repleta de árvores.

Por fim, a ACESSIBILIDADE NAS COMUNICAÇÕES refere-se ao acesso à comunicação interpessoal, escrita e virtual, como a presença de intérprete de LIBRAS em ações culturais, audiodescrição de imagens, postagens, cartazes e banners, acesso a material impresso em Braille, entre outros.

Apesar dos avanços, a exclusão e a discriminação ainda persistem em muitos espaços, com a maiora das pessoas com deficiência enfrentando barreiras para participar plenamente da sociedade em igualdade de condições. E vale mencionar que assim como não é necessário ser uma pessoa negra para entender que o racismo é um preconceito inaceitável, ser mulher para entender a importância do feminismo, também não é necessário ser uma pessoa com deficiência para entender a importância da acessibilidade e lutar pelos direitos da comunidade PCD.

Vem com a gente pensar um mundo diferente, um mundo melhor. Vamos aprender e crescer juntos!
Se este artigo foi útil para você, compartilhe e multiplique. Quanto mais informação, menor o preconceito!

Arte: Tita Tinta Ilustra
Audiodescrição de card capa: @ad_ouvindoimagens

#PraTodosVerem #PraCegoVer no alt Text #PraTodoMundoVer

11 Museus Acessíveis no Brasil em 2022

11 Museus Acessíveis no Brasil em 2022

Audiodescrição do card informativo com fundo salmão margeado com linhas finíssimas e irregulares laranja. Na parte superior, centralizado um retângulo preto, em letras caixa alta, brancas: ESQUINA GRÁFICA. Na lateral direita a foto de uma mulher branca de pele clara, vestindo regata preta com decote em “V”. Ela aparece parcialmente do pescoço até a cintura, usa prótese ortopédica mecânica preta, para membro superior direito, que está dobrada. Próximo ao cotovelo algumas flores brancas com detalhes em lilás. No centro do card, em letras vermelhas em caixa alta: MUSEUS ACESSÌVEIS, em caixa baixa, arte sem barreiras. Na margem inferior do card, sobre fundo cinza, as logomarcas dos patrocinadores. Em letras laranja, Lei Aldir Blanc em Santa Catarina, à direita sobreposta em um quadrado azul, o busto do artista em cor laranja. Conselho Estadual de Cultura - SC. Três linhas curvas que formam as letras estilizadas: C em vermelho, E em verde e C em vermelho. Fundação Catarinense de Cultura, letras iniciais estilizadas e em diagonal se encaixam: F e C em verde e C em vermelho. Governo do Estado de Santa Catarina, na parte superior, à direita, a bandeira flamulante do estado. Secretaria Especial da Cultura. Ministério do Turismo. Governo Federal em letras pretas pequenas, em destaque: Pátria Amada Brasil, em letras grandes verdes. Bandeira do Brasil estilizada, sobre retângulo verde oliva a imagem parcial do quadrado amarelo e do círculo azul, aparecem da metade para cima, entrecortada por uma faixa horizontal branca iluminada, cuja luz se dissipa nos demais elementos. Abaixo das logomarcas, Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recurso do Governo Federal e da Lei Aldir Blanc.
Foto: Anna Shvets

Por Tatiane Hardt

Há vinte séculos, o arquiteto romano Vitruvius definia a arquitetura como uma arte  que responde a três necessidades: Comoditas, Firmitas, Voluptas, que se traduziriam por “Uso, Construção, Estética”.

Portanto, quando um museu não pode acolher um público de todas as idades, com ou sem alguma deficiência, é porque não obedece a uma das regras fundamentais da concepção arquitetônica: o uso. (GROSBOIS, 1991, p. 86)¹

Somos, enquanto sociedade, fisicamente diversos, percebemos o mundo através dos nossos sentidos e temos diferentes formas de compreender e sentir o mundo, os espaços nos quais estamos inseridos, incluindo aqueles que frequentamos, como os equipamentos culturais. No caso dos museus, falamos de história, herança cultural, estética, conhecimentos e tantas outras nuances que juntas apresentam a sociedade de uma época, expressa na arte e na própria arquitetura.

O conceito de acessibilidade vem evoluindo com o avanço da legislação, como a Lei Brasileira de Inclusão, que estabeleceu normativas e alicerces nesse sentido. Hoje  falamos de acessibilidade não mais na relação simplista da eliminação de barreiras físicas/arquitetônicas, mas na função de ruptura de obstáculos para a pessoa com deficiência, criando oportunidades iguais para todos. Quanto um produto, serviço ou espaço (físico ou virtual) está efetivamente disponível para o maior número possível de usuários, independentemente de suas características físicas, sensoriais e cognitivas.

Pensar “num museu das pessoas, e não em pessoas do museu”. Significa que as exposições, espaços de convivência, serviços de informação, programas de formação e todos os demais serviços básicos e especiais oferecidos pelos equipamentos culturais devem estar ao alcance de todos os indivíduos, perceptíveis a todas as formas de comunicação e com sua utilização de forma clara, permitindo a autonomia dos usuários.

A acessibilidade, nesse sentido, adiciona outros aspectos de caráter comunicacional, atitudinal, cognitivo e social. Assim, a pessoa com deficiência participa das atividades,  para ter  “acesso, andar, ver, ouvir, tocar e sentir bens culturais produzidos pela sociedade através de tempos e disponível para toda a comunidade” (COHEN; DUARTE; BRASILEIRO, 2012, p. 22).

O Brasil conta com mais de 3,8 mil museus espalhados por todo o país, um número expressivo se considerarmos que nosso país tem 5.568 municípios. Embora o Plano Nacional de Cultura estabelecido em 2010 estabeleça meta de 100% dos museus, teatros e cinemas com acessibilidade, faltam informações concretas que possam estimar a cena em 2022.

Com o cancelamento do Censo do IBGE em 2021, após um corte de 96% nos recursos previstos no Orçamento Geral da União para a pesquisa, vivemos hoje um apagão de informações necessárias para o planejamento dos investimentos públicos na garantia e efetivação de direitos das pessoas com deficiência. No último Censo realizado em 2010, 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou ter alguma deficiência em pelo menos uma das funcionalidades investigadas – enxergar, ouvir, caminhar, ou subir degraus – ou possuir deficiência mental e/ou intelectual em diversos graus.

Se somam à escassez de estatísticas os cortes consecutivos nos investimentos em cultura nas esferas federal, estaduais e municipais desde muito antes da pandemia de COVID-19. Em 2015 o governo federal já executava um corte de 30% no orçamento da pasta do extinto Ministério da Cultura, já em 2017 o corte foi de 43%. Em 2020, o orçamento disponibilizado para a Cultura foi de R$ 1,94 bilhão – um recuo de 41,8% ante 2011.

Os museus são espaços importantes não apenas para a comunicação histórica, antropológica, científica e para o lazer, mas também para a promoção do conhecimento de maneira equitativa, diversificada e inclusiva.²

Apresentamos abaixo a pesquisa que realizamos em busca dos museus acessíveis no Brasil em 2022. Observamos a importância de sempre haver um contato com o espaço antes da visita, para verificar a necessidade de agendamentos prévios e/ou restrições em decorrência da Pandemia de Coronavírus, ou alterações programáticas feitas após o lançamento deste artigo.

Museu Joaquim José Felizardo – Porto Alegre
http://www.museudeportoalegre.com

Com enorme acervo fotográfico, o Museu Joaquim José Felizardo fica em um prédio tombado que incialmente servia de residência, e por ser muito antigo, não possuía estrutura física apropriada para atender pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção.

Após um longo processo de restauração e modernização, em 2007 sua estrutura foi adaptada, favorecendo a acessibilidade e, é claro, aumentando a inclusão! Hoje a edificação é adaptada para público com mobilidade reduzida e também um atendimento adequado para que todos possam ter o mesmo acesso a todas as obras ali expostas. Oferece visitas especializadas para público com deficiência e audioguia com leitura de texto e descrição das imagens, além de catálogo em braile e maquetes táteis. A edificação é adaptada para público com mobilidade reduzida.

Mais informações: marciabamberg@portoalegre.rs.gov.br  / (51) 3289.8274
Endereço: Rua João Alfredo, 582 – Cidade Baixa | Porto Alegre/RS
www.museudeportoalegre.comObs: na data de publicação deste artigo o site oficial se encontrava indisponível

Museu do Amanhã – Rio de Janeiro

O Museu do Amanhã tem a acessibilidade como premissa da construção física do prédio e, principalmente, da relação entre a equipe do Museu e seus visitantes. O Museu dispõe de pisos e maquetes táteis, rampas, cadeira de rodas, elevadores, fraldários, banheiros adaptados e sinalização universal.

O Museu desenvolve ainda parcerias com órgãos públicos, escolas e instituições especializadas na formação de educadores para identificar oportunidades de visitas adaptadas a pessoas com qualquer tipo de necessidade especial. O Programa de Educação oferece agendamento prévio para acesso a uma agenda de atividades para pessoas com deficiência e suas famílias, além de visitas mediadas para grupos escolares e não escolares onde o diálogo é pautado pela diversidade e inclusão.

Antes da inauguração do Museu do Amanhã, pensou-se num espaço diferenciado que proporcionasse uma conexão entre conteúdo e acessibilidade. Essa é a GALERIA DAS FORMAS, localizada na ala leste do Museu. A Galeria apresenta pormenores e detalhes de muitos conceitos abordados na Exposição Principal. Quem visita a Galeria tem disponibilizadas descrições em braile de assuntos como o Cosmos, a Matéria ou mesmo a Via Láctea. Todas as experiências são táteis, facilitando a interação com não videntes: é possível tocar no conteúdo exposto, como um globo terrestre, ou até gráficos.

Mais Informações: contato@museudoamanha.org.br | https://museudoamanha.org.br/
Endereço: Praça Mauá, 01 – Centro | Rio de Janeiro/RJ

Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro

Pioneiro no Rio de Janeiro no quesito acessibilidade, o CCBB foi um dos primeiros centros culturais cariocas a investir em estrutura física preparada para receber deficientes como rampas, vagas especiais no estacionamento e banheiros adaptados.

Conta com funcionários que possuem algum tipo de deficiência, além de colaboradores preparados para atender os visitantes com deficiência auditiva na linguagem de libras. Oferece ainda audiodescrição para as exposições e também para a maioria das peças teatrais. Também é um centro de referência para apresentações culturais voltadas a pessoas com deficiência.

Mais informações: https://ccbb.com.br
Endereço:
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro | Rio de Janeiro/RJ

Pinacoteca – São Paulo

Um dos principais museus de arte do Brasil, a Pinacoteca também é um exemplo de acessibilidade e inclusão. A história da Pinacoteca mostra que a acessibilidade é o investimento do museu do futuro: A começar pela sua estrutura física que conta com rampas, elevadores e portas largas permitindo maior mobilidade dos visitantes.

Oferece vídeo guia para deficientes auditivos, áudio guia para deficientes visuais, profissionais e educadores que podem acompanhar os visitantes ao longo da visita, inclusive em libras. Além disso, ela conta com uma exposição tátil completamente voltada às pessoas com deficiência visual e a tradução para Libras das Obras do Jardim. Uma educadora descreve as principais pinturas brasileiras com materiais pedagógicos específicos proporcionando uma experiência mais lúdica e sensível ao mundo da arte.

No site, é disponibilizada uma série de artigos para download e leitura nas temáticas de cultura, educação e acessibilidade: https://museu.pinacoteca.org.br/textos-educativos/projetos-do-nae/

PROGRAMA EDUCATIVO PARA PÚBLICO ESPECIAL (PEPE)

Este programa busca promover o acesso de grupos de pessoas com deficiências sensoriais, físicas, intelectuais e transtornos mentais à Pinacoteca, por meio de uma série de abordagens e recursos multissensoriais. As visitas educativas são realizadas por educadores especializados, inclusive em Libras – Língua Brasileira de Sinais, por uma educadora surda. O PEPE também realiza cursos de formação para profissionais interessados em usar a arte e o patrimônio como recursos inclusivos e desenvolve publicações para o público deficiente visual e auditivo. Para garantir a autonomia de visitação ao público com deficiência visual, foi desenvolvida a Galeria Tátil de Esculturas Brasileiras e um videoguia para o público surdo. Para mais informações sobre este programa, contate: 3324-0945 ou pelo e-mail educaespecial@pinacoteca.org.br.

Mais Informações: (11) 3324-1000 | http://pinacoteca.org.br
Endereço: Praça da Luz, 02 – Luz – São Paulo/SP

Museu do Futebol – São Paulo

Primeiro museu do Estado de São Paulo planejado para ser totalmente acessível, o Museu do Futebol oferece diversos recursos físicos e comunicacionais, além de profissionais qualificados para atender aos mais diferentes públicos: brasileiros e estrangeiros; de diversas origens sociais; pessoas com deficiência física, intelectual e mobilidade reduzida; crianças, jovens, adultos e idosos. O espaço possui maquetes táteis, piso podotátil, audioguia e informações em tinta e braille.

O Museu do Futebol fica localizado embaixo das arquibancadas do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, possui conteúdo multimídia, lúdico e interativo, além das adaptações estruturais necessárias. Tem a missão de preservar a história do futebol como expressão cultural no Brasil e inspirar ideias e experiências a partir do esporte.

Um dos destaques é o Audioguia Mulheres do Futebol, que narra a história de jogadoras, criando uma contextualização durante o percurso na sala principal. Ao todo, são 15 salas que ocupam 6 mil metros quadrados, e por meio de recursos visuais e auditivos, instigam o visitante a sentir a emoção presencial que o futebol proporciona.

Se destaca pelo Projeto Deficiente Residente, o qual inclui a presença de funcionários com deficiência com o objetivo de qualificar o atendimento às pessoas com deficiência que visitam o Museu.

Com as mesmas premissas do Projeto Deficiente Residente, o Museu buscou melhorias no atendimento ao público 60+ a partir do convívio e da troca de experiências entre idosos e profissionais do Núcleo Educativo. Neste sentido, o Museu do Futebol promove atendimentos a idosos, com ou sem doença de Alzheimer, para ativação de memórias afetivas a partir do acervo físico e digital do museu. Durante a pandemia de coronavírus, os atendimentos, individuais ou em grupo, estão sendo feitas de forma remota. Saiba mais.

Endereço: Praça Charles Miller, s/n – Pacaembu | São Paulo/SP
https://museudofutebol.org.br
Agendamento de grupos (temporariamente suspenso): telefone: +5511 3661-2273
Outras informações: contato@museudofutebol.org.br | telefone: +5511 3664-3848

Museu da Inclusão – São Paulo

Os Caminhos da Pessoa com Deficiência é um projeto cultural da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que conta a história e trajetória do movimento social no Brasil e no mundo dando ênfase aos acontecimentos ocorridos no fim da década de 70 e início da década de 80.

O espaço reúne cerca de 600 documentos que relatam o movimento social da pessoa com deficiência, bem como sua luta e suas conquistas. Compõem o material manuscritos, fotos, objetos, depoimentos e lembranças que remontam a história.

O Museu conta com Núcleo Educativo do Museu da Inclusão que extrapola, desenvolve  e fundamenta proposições e ações que exploram os diversos conceitos de inclusão e acessibilidade que se afloram em nossa sociedade. Promove atividades de Mediação Virtual, com agendamento através da ficha de pré-agendamento. As atividades de mediação virtual gratuitas, com duração de até duas horas e, no máximo, 25  pessoas por sala, a depender do perfil do grupo.

O Núcleo elaborou essas propostas de roteiros que podem inspirar a conversa durante as mediações virtuais:

– A construção dos Direitos Humanos e o Campo da Pessoa com Deficiência
Quais são as linguagens que compõem este fenômeno que chamamos de Direitos Humanos? Sabemos que a existência desses direitos é fundamental para construirmos uma sociedade mais justa e igualitária, entretanto, também sabemos que não somos todos iguais. Pensarmos num mundo em que uns são considerados mais humanos e outros menos é uma forma de percebermos que as linguagens que fundam esses direitos são abstratas e, em particular, excludentes. Nosso papel aqui é refletir sobre a construção social desses direitos e a quem eles se aplicam.

– Língua e Linguagens – Diversidade e Cultura Surda, Línguas de Sinais e Museu, Tradução e Interpretação (em construção)
Difundir informações sobre a diversidade, representatividade e cultura surda de modo a romper preconceitos sobre a comunidade surda e normalizar a participação da pessoa surda na sociedade, considerando a variedade linguística e o trânsito dos processos de transcrição, tradução e interpretação.

– Os Caminhos da Pessoa com Deficiência (em construção)
Ampla discussão sobre os temas propostos pela exposição de longa duração chamada “Os Caminhos da Pessoa com Deficiência”, que conecta o contexto das pessoas com deficiência com a luta por direitos, a estruturação e memórias do Movimento Social da Pessoa com Deficiência.

– Corpo, autonomia e direito à cidade
Os “padrões de normalidade” são socialmente construídos: a noção da existência “do outro”, da diversidade, se dá a partir da comparação entre o que cabe neste padrão e o que não se encaixa nele. E é aí onde a sociedade faz nascer a discriminação e onde também se perpetuam os processos de subalternização dos indivíduos, seus corpos e existências. Quando pensamos em acessibilidade urbana para todos, pensamos numa cidade que ainda é um sonho a ser conquistado: visando a ausência de obstáculos para as mais diversas pessoas, corpos e dinâmicas sociais. Permitir que ocupemos a cidade é nossa luta pelo reconhecimento das mais variadas formas de existência.

Acesso gratuito
Mais informações:
(11) 5212-3700 | https://portal.museudainclusao.org.br
Endereço:
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 | Barra Funda, São Paulo – SP

Museu de Arte Moderna – São Paulo

O Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma das mais importantes instituições culturais do Brasil. Localiza-se sob a marquise do Parque Ibirapuera, em São Paulo, em um edifício inserido no conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer em 1954 e reformado por Lina Bo Bardi em 1982 para abrigar o museu.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx, onde pessoas com deficiência visual podem tocar nas obras, contando ainda com a possibilidade de visitas guiadas. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Mais informações: (11) 5085-1300 | https://mam.org.br
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° | Vila Mariana, São Paulo/SP

Museu de Arte Moderna – Rio de Janeiro

O MAM Rio de Janeiro apresenta a série “Visitas Acessíveis”. Com tecnologias assistivas e recursos visuais como animações, destaques e contraste para melhor visualização, o museu oferece visitas guiadas com vídeos acessíveis aos mais diversos públicos, mas priorizam a experiência das pessoas com deficiências, contando com legendagem e interpretação em libras, por exemplo.

O projeto Visitas Acessíveis é patrocinado pela Wilson Sons através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O vídeo da série “Visitas acessíveis” apresenta a diversa fauna e flora dos jardins do MAM Rio, e as obras de arte que nele estão. A produção é parte de “Fantástico jardim”, exposição interativa online, voltada para crianças de até 6 anos que promove uma imersão pelas espécies botânicas do Parque do Flamengo. Idealizada pelo Programa de Educação e Participação do MAM Rio, a série “Visitas acessíveis” usa tecnologias assistivas e recursos visuais para atender ao público com deficiências. Nela, os espaços e as atividades do museu são apresentados em Libras, a língua brasileira de sinais, e também com áudio e legendas em português. As visitas acessíveis têm patrocínio da Wilson Sons.

Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo, Rio de Janeiro – RJ
Mais Informações: (21) 3883-5600 | https://mam.rio/educacao/visitas-acessiveis

Centro de Memória Dorina Nowill – São Paulo

O Centro de Memória Dorina Nowill fica na sede da Fundação Dorina Nowill e tem como missão apresentar a história da luta das pessoas cegas e com baixa visão no Brasil e no mundo. Fundado em 2002 é o primeiro museu brasileiro a considerar a cultura da deficiência visual como patrimônio histórico. Todas as peças são táteis e o espaço conta com uma educadora que descreve os demais itens.

O acervo é composto por objetos tiflológicos (máquinas braille, regletes, sorobans); textuais (cartas, diplomas, publicações), iconográficos (fotografias); audiovisual (reportagens) e depoimentos orais. A coleção em sua maioria provém da própria instituição, temos ainda peças doadas por organizações parceiras, e documentos produzidos por personalidades importantes na área da inclusão social.

No Centro de Memória você irá encontrar: Exposição em formato acessível (recursos táteis e sonoros, piso tátil, audiodescrição etc.); Equipamentos para escrita Braille; Materiais didáticos adaptados de diversas épocas; Publicações em formatos acessíveis; Esculturas e objetos disponíveis ao toque.

Acesso gratuito
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 18h
Importante: Visita mediante agendamento com Sílvia no telefone 11 5087-0955
Endereço: Dr. Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino | São Paulo/SP

Museu da Língua Portuguesa – São Paulo

Rota acessível, piso podotátil, mapas táteis e sinalização tátil e em braile estão à disposição do público. “O Museu também conta com jogos multissensoriais e objetos para toque, organizados em nichos ao longo do espaço expositivo. Videoguias em Libras também estarão disponíveis”, destaca Larissa.

Madeira reaproveitada do incêndio que ocorreu em 2015 também serviu para a construção de uma maquete tátil da Estação da Luz, à disposição do público. O prédio histórico onde fica localizado o Museu foi aberto em 1901, e servia como uma das portas de entrada dos imigrantes no Brasil. Hoje, além de abrigar um dos primeiros museus do mundo dedicados a um idioma, a Estação da Luz está entre os principais cartões postais de São Paulo.

O Museu da Língua Portuguesa conta com exposições temporárias e de longa duração. E, em todas elas, recursos de acessibilidade estão presentes, como conta Marília Bonas, diretora técnica do Museu.

“A acessibilidade é uma questão desde o começo da concepção da exposição”, assegura. Ela explica que os responsáveis pela expografia desenham cada exposição contemplando a acessibilidade física. Mas, além dela, o objetivo é garantir experiências para todos. “A ideia também é que a gente possa ter sempre roteiros específicos para diferentes necessidades”, completa.

Para a exposição principal, o público já conta com um percurso tátil. “Obras táteis foram especialmente criadas por artistas como Guto Lacaz, André Damião e Natália Scromov, inspirados na exposição principal”, conta Larissa. “São denominados como elementos de mediação multissensoriais e dirigidos prioritariamente a pessoas com deficiência visual e auditiva, mas ficam disponíveis para todos os visitantes que desejem se relacionar por meio de outros sentidos com os temas da exposição principal.”

Para completar, os recursos digitais do Museu da Língua Portuguesa também contam com acessibilidade. O aplicativo do Museu está disponível em quatro navegações: português com audiodescrição, Libras e audioguias em espanhol e inglês. Lembrando que os visitantes contam com Wi-Fi gratuito no espaço, podendo aproveitar o passeio conectados.

Mais informações: (11) 4470-1515 | https://www.museudalinguaportuguesa.org.br
Endereço: Praça da Luz – Luz, São Paulo – SP


Museu do Café – São Paulo

O Museu do Café possui acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida através de elevadores e rampas móveis.

O Museu do Café acolhe as pessoas com deficiência por meio de programas especiais que acontecem sob agendamento. As atividades oferecem desde visita monitorada especial até a realização de atividades específicas em que o grupo pode ter um contato ainda mais próximo com o café, a partir de estímulos e dinâmicas que atingem os sentidos e a percepção sensorial, algo que o café permite explorar por suas características e sua química. A arte e a história também são apresentadas por meio de atividades específicas, que exploram o conhecimento patrimonial do café e do Edifício da Bolsa Oficial de Café.

O espaço ainda desenvolve ações específicas ao público com deficiência. O Café com arte ensina a técnica de construção de vitrais; em Cafés Especiais as áreas individual e sensorial, os sentidos do olfato e paladar são trabalhadas; e as Dinâmicas Especiais com Acervo Pedagógico e Educativo expõe noções de educação patrimonial por meio da apresentação e manuseio de objetos que compõem o acervo do museu.

O material de acessibilidade, ampliou o projeto da autonomia de visitação de pessoas com deficiência ao espaço expositivo do Museu. Os visitantes contam com o folder da exposição de longa duração Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte no formato de cadernos em braille e com a audiodescrição do cadeiral localizado no Salão do Pregão e do vitral A epopeia dos Bandeirantes, de Benedicto Calixto.

Todas as atividades são executadas de forma adaptada ao grupo visitante. O público das atividades especiais são deficientes físicos, cognitivos e intelectuais.

https://www.museudocafe.org.br
Agendamento e informações:educativo@museudocafe.org.br | Telefone (13) 3213-1756
Endereço: Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico | Santos – SP

#DicaESQUINAGRÁFICA

Se você é pesquisador/a/e, estudante ou apenas quer ampliar seu conhecimento acerca da temática de acessibilidade cultural, vale muito à pena conferir o trabalho realizado pelo grupo de pesquisa e estudos Museus e Centros de Ciências Acessíveis (MCCAC).

Criado em 2016, tem como foco o desenvolvimento de referencial teórico e empírico para a área de acessibilidade e inclusão social em museus e centros de ciências e ações de divulgação científica. Para isso, realizam estudos, pesquisas, publicações, encontros e visitas técnicas.

Em 2021 o grupo lançou em cooperação com a Fundação Cecierj  o livro “Acessibilidade em museus e centros de ciências: experiências, estudos e desafios” com a organização de Jessica Norberto Rocha.

Visando compartilhar relatos de experiências, além de práticas, desafios, barreiras e pesquisas, convidamos profissionais que trabalham ou estudam a acessibilidade em museus e centros de ciências para participar desta iniciativa. A realização é da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj) e do Grupo Museus e Centros de Ciências Acessíveis (MCCAC), com participação do projeto Jovem Cientista do Nosso Estado, apoiado pela Faperj.”

Todas as imagens do livro na versão em pdf para download gratuito possuem audiodescrição. No site do Grupo MCCAC  (https://grupomccac.org/am), os títulos e resumos de cada capítulo estão disponíveis em Libras e as versões HTML dos textos também podem ser interpretadas na língua de sinais, pelos avatares Hand Talk.

¹ ² Artigo “Uma análise das dimensões da acessibilidade nos museus de ciências brasileiros” de Claudia Celeste Schuindt Recanello e Camila Silveira 

Você pensa sua arte para todos os públicos?

Você pensa sua arte para todos os públicos?

Audiodescrição de card informativo com fundo verde claro, margeado com linhas finíssimas e irregulares laranja. Na parte superior, centralizado um pequeno retângulo preto, em letras caixa alta, brancas: ESQUINA GRÁFICA. Na parte inferior, surgindo da direita, uma prótese ortopédica mecânica preta para membro superior direito, com dedos articulados que seguram um brócolis verde pelo talo. Acima da imagem, na lateral direita, a frase, em letras laranjas: Você pensa sua obra para todos os públicos? Na margem inferior do card, sobre fundo claro as logomarcas dos patrocinadores. Em letras laranja, Lei Aldir Blanc em Santa Catarina, à direita sobreposta em um quadrado azul, o busto do artista em cor laranja. Conselho Estadual de Cultura - SC. Três linhas curvas que formam as letras estilizadas: C em vermelho, E em verde e C em vermelho. Fundação Catarinense de Cultura, letras iniciais estilizadas e em diagonal se encaixam: F e C em verde e C em vermelho. Governo do Estado de Santa Catarina, na parte superior, à direita, a bandeira flamulante do estado. Secretaria Especial da Cultura. Ministério do Turismo. Governo Federal em letras pretas pequenas, em destaque: Pátria Amada Brasil, em letras grandes verdes. Bandeira do Brasil estilizada, sobre retângulo verde oliva a imagem parcial do quadrado amarelo e do círculo azul, aparecem da metade para cima, entrecortada por uma faixa horizontal branca iluminada, cuja luz se dissipa nos demais elementos. Abaixo das logomarcas, Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recurso do Governo Federal e da Lei Aldir Blanc.

Artigo por Tatiane Hardt

“A arte é minha vida. Meus quadros são filhos que alimento com tinta”

Esta frase abre a entrevista que o artista visual com síndrome de down Lucio Piantino¹ concedeu para o artigo “A arte acessível para todos”, do Jornal de Brasília².

O sentimento é certamente familiar a todo e qualquer artista que vê nas artes sua vocação: “A arte é minha vida.”

Já se vão 15 anos em que a Lei Federal de Incentivo à Cultura (antiga Lei Rouanet) exige que todos os projetos culturais apresentem um planejamento de acessibilidade para que seja garantido o direito de acesso à cultura para pessoas com deficiência.

Apesar dos avanços do Plano Nacional de Cultura e da Lei Brasileira de Inclusão – em vigor desde 2016 – ainda vemos um tímido avanço no que diz respeito à acessibilidade cultural, e na oferta de mecanismos de formação, informação e conscientização.

Isto se reflete claramente no ambiente acadêmico, que muito pouco ou nada desenvolve no preparo destes futuros profissionais para atender essa demanda mercadológica e social. Segundo o último censo divulgado pelo IBGE, cerca de 25% da população brasileira é composta de pessoas com deficiência. Isto significa que exceto dentro da própria comunidade de pessoas com deficiência, 25% do público não é plenamente contemplado nas ações culturais ofertadas. E quando ofertadas, costumam ser pensadas apenas para um tipo de deficiência: acessibilidade em LIBRAS para pessoas surdas, mas não de audiodescrição ou tour tátil para pessoas cegas, por exemplo.

ARTE QUESTIONADORA

A arte, na sua função social, do questionamento à ruptura, exige de nós artistas a quebra de padrões pré-estabelecidos. Faz parte do processo criativo a busca permanente pelo novo, uma caminhada expansiva daquilo que nos habita. No fazer artístico, vislumbrar a obra antes de colocá-la em prática é também pensar no que desejamos que o público sinta e entenda daquilo que queremos transmitir. Esta liberdade absoluta na hora da criação artística precisa se refletir em acesso irrestrito também ao resultado da pesquisa.

Nas artes visuais, esta conexão entre criação e acesso à obra é costumeiramente ignorada. Seja por falta de conhecimento, seja por ignorância de uma realidade que não é a sua, quando o artista não é uma pessoa com deficiência, existe essa tendência de recorte de exclusão inato à sua obra, especialmente em relação à comunidade não vidente.

Realmente há vários desafios e etapas a serem vencidas no processo de entender o que é e como funciona a acessibilidade cultural, quais os tipos de acessibilidade para cada deficiência, o que é democratização de acesso, como aplicar esses mecanismos na arte, quais as formas de garantir a acessibilidade sem encarecer o projeto com pouca verba disponível, e assim por diante.

É um processo que envolve desde a quebra de preconceitos como o capacitismo, passa pela empatia e disponibilidade para aprender, e chega na provocação que deixamos com este artigo:

Você pensa sua obra para todos os públicos?

Na ESQUINA GRÁFICA seguimos nessa jornada de aprendizado e convidamos você a se juntar a nós. Para entendermos mais, e juntos fazermos melhor. Porque para nós existe uma certeza: que Arte e Cultura são vetores de mudança social e inclusão, de quebra de barreiras e preconceitos – sejam quais forem.

¹Conheça o trabalho de Lucio Piantino no instagram
²A arte acessível a todos, por Arquivo Geral – Jornal de Brasília

#PraTodosVerem #PraCegoVer no Alt Text #PraTodoMundoVer

Quem não ama uma novidade não é mesmo?

Quem não ama uma novidade não é mesmo?

Audiodescrição da imagem do banner de capa do site “Esquina Gráfica” acessível. Mesa branca, coberta com papel pardo à direita. Sobre ela estão dispostos vários objetos. Ao centro, um caderno com folhas quadriculadas aberto e com uma fita marca páginas separando-as. Na página da esquerda, centralizada o título sublinhado: Check List, abaixo uma lista destacada por uma caixinha preta com um sinal de visto em verde, no início das frases: Web Designer; Navegação Acessível; Ilustradores e serviços; Concurso Cultural; Galeria de Artes; Cursos Gratuitos; Rodas de conversa; Downloads gratuitos; Blog sobre economia criativa. Na página à direita, na parte superior a frase: reticências e muito mais. Sobre a folha, um celular com as seguintes informações na tela: Plataforma digital, abaixo um quadrado preto, sobre as bordas superior e esquerda, em letras caixa alta pretas: esquina gráfica. Dentro dele, nas bordas inferior e direita, em letras caixa alta brancas: esquina gráfica. Abaixo do quadrado, entre vetores de linhas pretas, o texto: Estamos construindo a melhor plataforma de ilustradores que você já viu. “A melhor” está em letras vermelhas, as demais palavras em letras pretas. À esquerda do caderno, uma grosa de lápis marrons amarrados com duas voltas de barbante e um laço, cujas pontas e base possuem cores diversas. Na parte superior, imagem parcial de uma paleta de cores de aquarela dispostas em quadrados em um estojo branco e pincéis de cerdas claras. À direita do caderno, imagem parcial de carimbos manuais para tipografia individual das letras do alfabeto. Abaixo, imagem parcial de alguns lápis de cor rústicos, bloco com folhas brancas e de um vasinho branco com terra.

É com grande satisfação que a ESQUINA GRÁFICA retoma suas atividades, e já voltamos com muitas novidades!

Convidamos você a prestigiar as Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais com Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli. As ações são gratuitas e ocorrem de 22 a 25 de março, às 19h30, pelo canal do YouTube da Esquina Gráfica https://bit.ly/YouTubeEsquinaGrafica, com classificação livre e interpretação em Libras.

As oficinas são voltadas para artistas visuais catarinenses, brasileiros e imigrantes, com ou sem deficiência, sendo estes estudantes, acadêmicos, pesquisadores e professores, profissionais autônomos, artistas em busca de inserção no mercado de ilustração, com ou sem formação acadêmica na área, de todas as classes sociais; a partir de 16 anos, de todos gêneros e identificações étnico-raciais.

Tratando de temas como Atendimento, Precificação e CNPJ; Montagem de cronogramas e gerenciamento da rotina de trabalho; A importância da comunicação interpessoal, portfólio e redes sociais; Tipos de acessibilidade e como realizar produções culturais acessíveis; as oficinas serão ministradas por Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli, ele CEO e ela coordenadora de projetos e de equipe de criação da Dois Pontos: Una! -; respectivamente.

Nosso objetivo é criar um espaço de aprendizado para auxiliar no aprimoramento da oferta e venda de produtos e serviços, com a representatividade de artistas das mais diversas categorias das Artes Visuais: grafismo e arte indígena, cultura hip hop e grafite, colagem, caricatura, arte digital, animação, caligrafia/lettering, gravura, desenho, fotografia, pintura/ilustração em objetos, xilogravura, quadrinhos, design gráfico, estamparia, pintura, tatuagem, muralismo, entre muitas outras mídias.

Enquanto Plataforma Criativa, nosso foco é oportunizar ao artista um posicionamento de mercado com presença digital profissional, que possibilite ter seu trabalho reconhecido, contratado e prestigiado por empresas, instituições e admiradores das artes de qualquer parte do Brasil.

Desde a sua criação em 2020, temos como meta que nossos espaços sejam plenos em acessibilidade, diversidade, representatividade e igualdade de oportunidades. Para isso, nosso site (em construção) já dispõe de navegação acessível através da tradutora virtual de LIBRAS Maya, audiodescrição no Alt Text de imagens e botões, navegabilidade organizada através da tecla tab em computadores e habilitação de zoom para acesso mobile. Além de perfil do instagram com toda a comunicação dos projetos 2022 provendo acessibilidade através de audiodescrição.

O Projeto Cultural ESQUINA GRÁFICA – Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais, da Tita Tinta Ilustrações, é patrocinado pelo Edital Aldir Blanc 2021 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

AÇÃO EXTRA: Debate “Cultura Inclusiva e Direitos Humanos: o que eu tenho a ver com isso?”

O projeto também conta com a colaboração do NEPTA (Núcleo de Educação na Perspectiva das Tecnologias e Alteridade) da UFSC Campus Blumenau; e como ação extra, no dia 23 de março, traz o debate: “Cultura Inclusiva e Direitos Humanos: o que eu tenho a ver com isso?”. A live ocorre às 14h30 pelo canal https://bit.ly/YouTubeEsquinaGrafica e contará com a participação da professora Renata Orlandi (UFSC Blumenau), da produtora cultural Soila Freese (Mono Produções), do presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Rio do Sul, Michel Kleinschmidt, e convidados. A ação é gratuita e aberta ao público, com interpretação em LIBRAS.

PRÓXIMA ETAPA: Concurso Cultural para ocupação artística da Plataforma

As Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais oferecem capacitação para que os/as artistas possam prestigiar o Concurso Cultural ESQUINA GRÁFICA, que abre inscrições no segundo semestre de 2022, para a ocupação da estrutura web da primeira Plataforma Criativa de Artistas Visuais acessível do Brasil: www.esquinagrafica.com.br. Num espaço organizado de forma profissional, os artistas poderão apresentar seu trabalho, portfólio, e demais informações para que possam ser contratados por empresas e pessoas de qualquer parte do Brasil, assim como vender seus produtos. Este concurso prevê a ocupação de forma totalmente gratuita e sem nenhuma taxa de inscrição, com recorte de acesso garantido para artistas indígenas, negros/as, com deficiência, terceira idade e recém-ingressos no mercado.

Além do espaço disponibilizado para artistas, a Plataforma Criativa contará ainda com uma Galeria Permanente de Arte Acessível, área de formação/cursos, entre outras novidades.

Uma verdadeira revolução na forma de prestigiar arte e contratar artistas visuais na região… ou de qualquer lugar do Brasil!

O Projeto Cultural Plataforma Digital ESQUINA GRÁFICA, da Tita Tinta Ilustrações, é patrocinado pela Prefeitura Municipal de Blumenau e pela Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais de Blumenau, por meio do Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau.

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Arte: Tita Tinta Ilustra
Audiodescrição: Ouvindo Imagens
Web Design: 3w4u

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