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Arquivos Da Categoria: Artes Visuais

Quais são os tipo de fotografia?

Quais são os tipo de fotografia?

Fotografia de uma mulher fotógrafa. Ela é branca, usa um chapéu preto de abas largas, tem cabelos castanhos claros compridos, usa um moletom branco e segura com as duas mãos uma câmera fotográfica profissional em frente ao rosto, se preparando para fotografar. Ao fundo, um terreno com folhas secas ao chão e árvores sem folhas fora de foco.
Foto: Element5 Digital

Fotografia: Eternizando memórias

A história da fotografia remonta ao século XIX, quando a primeira fotografia permanente foi produzida em 1826 pelo inventor francês Joseph Nicéphore Niépce. Ele usou uma câmera obscura para capturar uma imagem em uma placa revestida com betume da Judeia e, depois de uma longa exposição ao sol, a imagem foi revelada.

Logo em seguida, outros inventores e fotógrafos pioneiros, como Louis Daguerre e William Henry Fox Talbot, desenvolveram processos fotográficos mais refinados e comercializáveis, permitindo que a fotografia se tornasse uma forma de arte e um meio de comunicação mais acessível. Desde então, a fotografia passou por várias transformações, com o surgimento de novas tecnologias, estilos e técnicas, tornando-se um meio poderoso e diverso de comunicação visual.

“Vivemos em um mundo repleto de imagens por todos os lados. A escritora Susan Sontag chama esse mundo de “Mundo-Imagem”. Há quem diga, e eu concordo, que separar imagem de realidade está cada vez mais complexo. Uma viagem, por exemplo, caso não fotografada, pode para muitas pessoas perder sua “razão de ser” e até mesmo perder em boa parte de sua concretude, simplesmente por não ter sido materializada em fotografias. Sem raridade, uma experiência é validada especialmente através das imagens que são produzidas e compartilhadas ao mundo através das redes sociais. Cada vez mais nos constituímos como indivíduos que produzem e são produzidos por imagens (e imagens em grande quantidade, vale ressaltar). Por isso, ao criarmos qualquer fotografia hoje em dia, estamos também contribuindo de uma forma muito concreta com o que somos, pensamos e sentimos como sociedade.”

Sabrina Marthendal

Fotografia de Sabrina Marthendal, da cintura para cima. Sabrina é uma mulher branca, de olhos castanhos, cabelos longos e castanhos. Veste uma regata amarela, coberta por uma blusa aberta com estampa em preto, laranja e amarelo. Usa um colar prateado longo com duas contas na ponta, e brincos de argola

Sabrina é pesquisadora visual, professora de fotografia, fotógrafa, atriz e professora/diretora de teatro. Artista catarinense desde 1999, atua fortemente na cidade de Blumenau e região há 21 anos, trabalhando primordialmente a partir do hibridismo entre as linguagens da cena e da imagem.

A fotografia é uma antiga forma de arte visual que continua sendo uma das manifestações mais populares e acessíveis de arte atualmente, especialmente com a chegada das câmeras nos celulares. É a arte de capturar imagens, momentos e memórias, que podem ser transformadas em uma variedade de formatos, desde impressões em papel, tecido, aplicações em objetos, até imagens digitais.

Cada categoria de fotografia possui suas próprias características e requisitos técnicos específicos para criar uma imagem de alta qualidade. Confira abaixo as muitas categorias de fotografia profissional e artística que podemos encontrar:

Astrofotografia

Trata-se de um ramo da fotografia que se dedica a capturar imagens do espaço e dos corpos celestes. Essas imagens podem ser obtidas tanto com equipamentos profissionais, como telescópios e câmeras especiais, quanto com equipamentos mais acessíveis, como câmeras DSLR e lentes específicas.

A astrofotografia tem sido utilizada para estudos científicos, como a identificação de novas estrelas e planetas, mas também para fins artísticos. Muitas pessoas têm se dedicado a capturar imagens incríveis de fenômenos celestes como auroras boreais, meteoros, nebulosas e galáxias.

Um aspecto importante da astrofotografia é o tempo de exposição da imagem, que pode variar de alguns segundos a várias horas, dependendo do objeto e do efeito que se deseja obter. Além disso, é importante considerar a localização e a qualidade do ar, pois a poluição luminosa pode prejudicar a captura de imagens claras e nítidas.

A astrofotografia é uma área fascinante e desafiadora da fotografia, que requer um bom conhecimento técnico e muita paciência e dedicação para obter resultados impressionantes.

astrofotografia com fundo preto e centenas de pequenos pontos luminosos. Ao centro um nebulosa, grande nuvem encontradas no espaço interestelar formadas, majoritariamente, de poeira cósmica e gases, como hélio e hidrogênio. Ela tem um formato aproximado de meia lua e exibe as cores rosa e roxo predominantemente, com as bordas esfumaçadas em tons beges e acinzentados.
Foto: Alex Andrews

Cobertura esportiva

A fotografia esportiva é um tipo de fotografia que tem como objetivo registrar imagens de eventos esportivos, atletas em ação e momentos emocionantes durante competições. O fotógrafo precisa estar sempre atento ao movimento dos atletas e a iluminação do ambiente, para conseguir capturar imagens incríveis.

Cobertura de eventos

 A fotografia de cobertura de eventos envolve capturar momentos importantes durante eventos como casamentos, aniversários, concertos, conferências e muito mais. Essa categoria de fotografia requer habilidades de planejamento, organização e coordenação para garantir que todas as fotos importantes sejam capturadas.

Cobertura de projetos culturais

A cobertura de projetos culturais é uma categoria que envolve documentar eventos e projetos culturais, como exposições de arte, performances teatrais e eventos musicais. Essa categoria de fotografia requer conhecimento cultural, habilidades de planejamento e habilidades de edição para criar uma narrativa visual coesa.

Ensaio de gestante

A fotografia de mulheres grávidas e suas barriguinhas em desenvolvimento, capturadas mês a mês ou num ensaio ao final da gestação é uma forma de guardar esse momento único na vida familiar. Os ensaios de gestante muitas vezes incluem imagens artísticas e emocionais que celebram a beleza e a transformação do corpo feminino durante a gravidez.

Fotografia de um momento em pai e filho recém nascido. O bebê aparece parcialmente, dormindo com o braço estendido segurando a mão de seu pai. Bebê dorme sobre uma cama com lençóis brancos, usa uma roupa de lá de manga comprida branca e está coberto por uma manta branca. Tem pele negra, de tom pardo e segura a mão do pai que tem a pele negra e usa um casaco de manga comprida branco.
Foto: William Fortunato

Ensaio de recém-nascido

O ensaio de recém-nascido é um tipo de fotografia que captura os primeiros dias de vida de um bebê. Essas fotos costumam ser feitas em estúdios, com iluminação adequada e muitos acessórios, como mantas, cestos e toucas. O objetivo é capturar a beleza e a delicadeza do recém-nascido.

Fotografia Abstrata

A fotografia abstrata é uma categoria que envolve a criação de imagens que não representam objetos ou cenas do mundo real, mas que exploram as características formais da imagem, como cor, textura e forma. Essa categoria de fotografia permite ao fotógrafo explorar sua criatividade por meio da experimentação com técnicas e materiais.

Fotografia aérea

A fotografia aérea envolve a captura de imagens do ar, geralmente de aviões ou drones. Essa categoria de fotografia oferece uma perspectiva única do mundo e pode ser usada para capturar paisagens, cidades e outros locais de uma maneira que não é possível com outras técnicas de fotografia.

Fotografia analógica

A fotografia analógica é uma categoria que envolve a captura de imagens usando câmeras analógicas e filmes fotográficos. É uma categoria que tem sido valorizada por fotógrafos que apreciam o processo artesanal e a estética das imagens produzidas por essa técnica.

Fotografia artística

A fotografia artística é uma categoria que envolve a criação de imagens com propósitos estéticos e expressivos. Essa categoria de fotografia permite que o fotógrafo expresse sua criatividade por meio do uso de composição, cor, textura e formas. O objetivo final é criar uma imagem visualmente atraente e expressiva.

FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA

audiodescrição simplificada de fotografia contemporânea: sobre um com borda branca, uma fotografia de uma mulher dos ombros até a linha do olho, sobre um fundo preto. Ela é uma mulher branca, usa batom vermelho e à esquerda vemos a alça de uma blusa regata preta. Ela está virada para a esquerda, com a boca entreaberta e o olho fechado. Sobre o olhos, uma colagem simula cílios e estende a fotografia somente da área da pálpebra sobre a margem branca, com um retângulo contornado na parte superior por uma linha preta.
Foto: Elīna Arāja

A fotografia contemporânea é um termo amplo que se refere à fotografia produzida desde o final do século XX até os dias atuais. É um campo de fotografia em constante evolução, e engloba uma ampla variedade de estilos, técnicas e temas. Em geral, a fotografia contemporânea busca expressar a realidade em todas as suas nuances e complexidades, com uma abordagem mais experimental e subjetiva.

Ao contrário da fotografia documental tradicional, que tem uma abordagem mais objetiva e descritiva da realidade, a fotografia contemporânea muitas vezes busca explorar questões mais complexas, como a identidade, a subjetividade e a memória. 

Ela pode incluir tanto fotografia analógica quanto digital, e pode ser produzida em diferentes formatos, como instalações, projeções e exposições de galerias. A fotografia contemporânea é uma área de grande interesse para colecionadores, galerias, museus e críticos de arte, e muitos fotógrafos contemporâneos alcançaram grande reconhecimento e sucesso em suas carreiras. Ela abrange uma ampla gama de estilos e técnicas, desde a fotografia de retratos e documental até a abstrata e surrealista. Em geral, a fotografia contemporânea é um campo diverso e em constante evolução, que oferece uma visão única sobre a nossa realidade atual.

Fotografia boudoir

A fotografia boudoir é uma categoria que envolve a captura de imagens sensuais e intimistas, geralmente para serem presenteadas ao parceiro ou para o uso pessoal. É uma categoria que requer técnicas especiais de iluminação e composição para destacar a beleza do corpo humano.

Fotografia científica

A fotografia científica é um tipo de fotografia que tem como objetivo registrar imagens de objetos e fenômenos científicos. É comumente utilizada em publicações científicas e estudos. A fotografia científica geralmente é feita com equipamentos específicos, como microscópios, telescópios, câmeras infravermelhas, entre outros.

Fotografia comercial

A fotografia comercial é um guarda chuva que engloba diferentes categorias, e envolve a criação de imagens para fins de publicidade e marketing. Ela pode incluir a fotografia de produto, de moda, fotografia corporativa e fotografia de eventos.

Fotografia de alimentos

A fotografia de alimentos é uma categoria que envolve a captura de imagens de comidas e bebidas para fins publicitários e editoriais. É uma categoria que requer técnicas especiais de iluminação e composição.

Fotografia de animais de estimação

A criação de memorabília através da fotografia de animais de estimação, como cães, gatos, pássaros e outros animais domésticos queridos por seus guardiões.

Os fotógrafos de animais de estimação muitas vezes procuram capturar a personalidade única de cada animal e suas relações com seus humanos de estimação.

Foto: Pixabay

Fotografia de arquitetura

A fotografia de arquitetura é uma categoria que requer conhecimento sobre composição, perspectiva e iluminação. Ela é usada para documentar e destacar os detalhes arquitetônicos e a beleza das construções. Os fotógrafos de arquitetura geralmente trabalham para empresas de construção, arquitetos, imobiliárias e revistas especializadas em arquitetura.

Fotografia de casamento

Envolve a fotografia de diferentes momentos que envolvem um casamento, incluindo fotos de noivados, cerimônias, recepções e ensaios pré-casamento. Os fotógrafos de casamento geralmente se concentram em capturar momentos emocionantes e memoráveis ​​do dia especial do casal.

Fotografia de dupla exposição

A fotografia de dupla exposição é uma técnica que envolve a fusão de duas imagens em uma única foto. Ela é usada para criar imagens artísticas com diferentes temas, como a combinação de uma paisagem com um retrato.

Fotografia de família

A fotografia de família é uma categoria que envolve a captura de imagens de grupos familiares em situações do cotidiano ou em eventos especiais. É uma categoria que valoriza o registro da história da família e das relações entre seus membros.

Fotografia de moda

A fotografia de moda envolve a captura de imagens que exibem roupas, acessórios e outros itens relacionados à moda. Essa categoria de fotografia requer uma compreensão da moda e das tendências atuais, bem como habilidades de direção e coordenação de modelos.

Foto: Lisa Fotios

Fotografia de natureza morta

Trata-se de um tipo de fotografia que tem como objetivo registrar imagens de objetos inanimados, como frutas, flores, livros, entre outros. É comum em publicações de arte, decoração e design. O fotógrafo geralmente trabalha com iluminação e enquadramento para criar imagens estilizadas e interessantes.

Fotografia de paisagem ao ar livre

Envolve a fotografia de paisagens naturais e áreas externas, incluindo montanhas, lagos, praias, florestas e outros cenários ao ar livre. Os fotógrafos de paisagem muitas vezes buscam capturar a beleza natural das paisagens e explorar a interação da luz, textura e forma na cena.

Fotografia de produto

A fotografia de produto é uma categoria que envolve a captura de imagens de produtos para uso em publicidade e marketing. Essa categoria de fotografia requer habilidades técnicas para capturar imagens claras e nítidas dos produtos em diferentes ângulos e condições de iluminação.

Fotografia de família

A fotografia de família é uma categoria que envolve a captura de imagens de grupos familiares em situações do cotidiano ou em eventos especiais. É uma categoria que valoriza o registro da história da família e das relações entre seus membros.

Fotografia de retrato

É um dos tipos mais comuns e antigos de fotografia. O objetivo é capturar a imagem de uma pessoa ou grupo de pessoas. Pode ser feita em estúdio, ao ar livre, em eventos, ou em qualquer lugar onde as pessoas estejam. O fotógrafo geralmente trabalha com iluminação, enquadramento e expressão facial para criar uma imagem que revele a personalidade do retratado.

Você sabia?

Em outubro de 1839, na Philadelfhia (EUA) Robert Cornelius tirou um auto-retrato que ficou conhecido como a primeira selfie e o primeiro retrato humano da história. Ele precisou ficar imóvel por cerca de 10 minutos para capturar esse que é conhecido como o mais antigo auto-retrato fotográfico intencional de uma pessoa.

autorretrato extremamente antigo, com bordas danificadas em preto, em tons sépia de um homem do peito para cima. Ele aparenta ser um homem branco, cabelos negros e curtos e veste traje social do século XIX, com terno
Autorretrato de Robert Cornelius (1839)
retrato em preto e branco de Hannah Stilley Gorby, fotografada em 1840 aos 94 anos. Ela é uma mulher branca, e veste trajes típicos da época, com a cabeça coberta por um tecido branco e um vestido de mangas longas. Ela está sentada e apoia o braço esquerdo em algo fora do frame da foto, e sua mão direita repousa sobre seu colo.
Foto: autor desconhecido

Pessoa nascida a mais tempo capturada em filme

Esta honra entrou para a história com Hannah Stilley Gorby. Para entendermos o contexto, ela nasceu uma década antes de Mozart e 23 anos antes de Napoleão Bonaparte, ambos não viveram o suficiente para experimentar a invenção da fotografia. No entanto Hannah foi fotografada aos 94 anos em 1840.

Fotografia em ambientes internos

Trata-se da fotografia usada para capturar imagens dentro de locais fechados, como residências, escritórios e espaços públicos. Pode incluir retratos, interiores, arquitetura e detalhes de objetos.

Fotografia de rua

A fotografia de rua é um tipo de fotografia que busca registrar imagens da vida cotidiana em espaços públicos. O fotógrafo geralmente caminha pelas ruas e registra momentos espontâneos de pessoas, animais e objetos urbanos. É um tipo de fotografia muito ligada à cultura urbana.

Fotografia de viagem

A fotografia de viagem registra imagens de lugares e culturas diferentes. O fotógrafo geralmente viaja para locais distantes e registra imagens de paisagens, prédios, monumentos, pessoas e costumes locais. É uma forma de capturar a beleza e a diversidade do mundo.

Fotografia de vida selvagem

Trata-se da fotografia de animais em seu ambiente natural, incluindo aves, mamíferos, répteis e insetos. Os fotógrafos de vida selvagem muitas vezes têm que ser pacientes e esperar longos períodos de tempo para capturar a imagem perfeita.

Fotografia documental

A fotografia documental é uma categoria que envolve a captura de imagens com o objetivo de documentar eventos e situações da vida real. É uma categoria que tem sido usada por fotojornalistas e fotógrafos de rua para mostrar a vida cotidiana e eventos históricos.

Fotografia editorial

A fotografia editorial é uma categoria que envolve a criação de imagens para revistas e jornais. Ela pode incluir fotografia de moda, fotografia de eventos, fotografia de celebridades e fotografia de viagem.

Fotografia fine art

A fotografia fine art é uma categoria que envolve a criação de imagens artísticas para serem exibidas em galerias e museus. Ela valoriza a estética e a expressão pessoal do fotógrafo, e pode incluir diferentes temas, como paisagens, retratos e abstração.

Fotografia em preto e branco

A fotografia documental é uma categoria que envolve a captura de imagens com o objetivo de documentar eventos e situações da vida real. É uma categoria que tem sido usada por fotojornalistas e fotógrafos de rua para mostrar a vida cotidiana e eventos históricos.

Foto: Furkan Elveren

Fotografia industrial

Fotografia industrial é a fotografia usada para capturar imagens de locais industriais, máquinas e equipamentos. É frequentemente usada em relatórios anuais, brochuras e publicidade.

Fotografia infravermelha

Essa categoria envolve a utilização de câmeras especiais que conseguem registrar a luz infravermelha, que é invisível ao olho humano. A fotografia infravermelha pode produzir imagens com uma aparência etérea, pois o uso de filtros infravermelhos pode alterar a aparência da luz e das cores na imagem.

Fotografia lifestyle

Busca a captura de imagens que refletem o estilo de vida das pessoas, incluindo as atividades diárias, hobbies, viagens e outros aspectos da vida cotidiana. Os fotógrafos de lifestyle muitas vezes trabalham com marcas e agências publicitárias para criar imagens que representam um estilo de vida específico ou que promovem um produto ou serviço. E podem trabalhar em parcerias com blogueiros e outras personalidades da era digital.

Fotografia minimalista

A fotografia minimalista envolve a utilização de elementos visuais simples e uma composição minimalista para criar imagens que transmitem uma sensação de calma e tranquilidade. A fotografia minimalista muitas vezes apresenta uma paleta de cores limitada e uma abordagem visualmente limpa e ordenada.

Fotografia noturna de longa exposição de uma rodovia. Em ambiente noturno, a rodovia de 3 pistas foi registrada sem nenhum carro aparecendo, porém vemos o vestígio que o trajeto de luz vermelha dos faróis deixou ao serem fotografados pela câmera no modo de longa exposição.

Fotografia noturna

Registra fotografias de paisagens urbanas e outras cenas à noite, onde a iluminação artificial é o elemento principal da composição. Os fotógrafos noturnos muitas vezes usam técnicas de longa exposição para capturar as luzes e as cores da cidade durante a noite.

Fotojornalismo

O fotojornalismo é um tipo de fotografia que tem como objetivo contar histórias através de imagens. É muito comum em jornais, revistas e sites de notícias. Os fotojornalistas geralmente são profissionais que cobrem eventos atuais, como protestos, conflitos, desastres naturais, entre outros.

Macrofotografia

Envolve a fotografia de objetos e seres muito pequenos, como insetos, plantas, flores, jóias e outros detalhes minuciosos. A macrofotografia envolve o uso de lentes especiais e técnicas de iluminação para capturar detalhes em grande escala.

Fotografia stop motion

A fotografia stop motion envolve a criação de imagens em sequência, que juntas criam a ilusão de movimento. Essa categoria de fotografia requer habilidades de animação e edição para criar uma sequência fluida de imagens.

Fotografia subaquática

É um tipo especializado de fotografia que envolve a captura de imagens debaixo d’água. Essa forma de fotografia é popular entre os mergulhadores e fotógrafos profissionais de desportes aquáticos. Pode capturar imagens de vida marinha, corais e recifes, naufrágios e outras características do fundo do mar. A fotografia subaquática requer equipamentos especiais, como câmeras à prova d’água, caixas estanques e iluminação adicional, para obter as melhores imagens. A iluminação e o ajuste de cores também são desafios adicionais em ambientes subaquáticos. A fotografia subaquática é uma forma emocionante e desafiadora de fotografia que permite ao fotógrafo capturar a beleza e a misteriosa vida do fundo do mar.

A história da fotografia é repleta de avanços e mudanças que a tornaram uma das mais populares formas de expressão artística atualmente. Com tantas opções disponíveis, é possível encontrar uma área de atuação que se encaixe exatamente naquilo que você procura.

Nós da ESQUINA GRÁFICA estamos aqui para lhe auxiliar nessa busca. 
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Foto: Guillaume Meurice
Qual é a diferença entre desenho, ilustração e gravura?

Qual é a diferença entre desenho, ilustração e gravura?

audiodescrição simplificada de fotografia: uma mulher negra de cabelos castanhos escuros debruçada sobre uma mesa branca. Segurando um lápis, ela desenha sobre uma folha de papel branco, que está acompanhada de outra folha de papel branco com esboços desenhados a lápis, ao lado sobre a mesa. Ela usa uma blusa de manga comprida marrom claro, tem o cabelo curto arrumado em estudo black power. Ao fundo uma parede branca, e parcialmente um quadro que está encostado na parede no chão, atrás da mesa.
Foto: RF Studio

Por Tatiane Hardt

– Qual sua profissão?

– Sou ilustradora.

– Ah, que legal! Mas o que faz uma ilustradora?

O diálogo acima é lugar comum na vida de quem trabalha na área de ilustração, já que no Brasil a profissão não é regulamentada e não existem faculdades específicas para a área. Quem busca formação acadêmica geralmente escolhe entre design gráfico, artes visuais ou outra área que se encaixe vagamente no setor de economia criativa ao qual pretende se dedicar.

Esse é um dos motivos para que a profissão seja pouco conhecida ou mesmo ignorada no mercado de trabalho, até no caso do profissional Freelancer, já que o profissional autônomo que busque formalização como MEI (Microempreendedor Individual) não encontrará um CNAE que contemple sua real atuação.

Mas afinal, qual é a diferença entre ilustração, desenho e gravura? Estamos aqui para tirar essa dúvida de uma vez por todas.

Ilustração, desenho e gravura são três técnicas se convergem, mas não necessariamente são a mesma coisa. Possuem aplicações mais específicas e diferentes mídias utilizadas no seu desenvolvimento. Mídias, nesse caso, não são as sociais, mas sim o material e técnica aplicados na criação, que pode ou não envolver tecnologia digital.

DESENHO

Um desenho é uma criação livre, que está muito mais conectado à criatividade do artista, que não tem nenhuma obrigação de
representar algo, real ou imaginário. Se trata de uma técnica específica aplicada de forma analógica – com materiais como papel, caneta, lápis, tinta, pincel, etc; ou digital, à partir de aplicativos dedicados como o Illustrator, procreate, ibis paint, etc. O resultado da obra criada está diretamente relacionado ao material selecionado para sua composição, com grandes variações no desenho final.

Portanto, o desenho se caracteriza pela liberdade criativa, essencialmente como uma composição bidimensional. Quando esta composição
possui uma determinada intenção estética, o desenho passa a ser considerado uma expressão artística. E quando o desenho é orientado para
representar algo, passa a ser uma ilustração.

ILUSTRAÇÃO

Um desenho e uma gravura podem ser uma ilustração. Mas uma ilustração não necessariamente é um desenho ou uma gravura. Explico:

Uma ilustração é uma representação visual de uma mensagem a ser comunicada. Podendo estar acompanhada de elementos textuais, como no caso de livros, revistas e cartazes, por exemplo. Mas neste caso, sua função costuma complementar a narrativa textual, incorporando mais informações visuais para apresentar a ideia central a ser comunicada. A ilustração pode ser um desenho, mas também uma fotografia, uma gravura, colagem ou quaisquer outras representações visuais, como o Gif, quando falamos de ilustrações digitais contemporâneas.

Portanto, a ilustração se caracteriza especificamente por representar uma ideia, um conceito, algo a ser comunicado. As ilustrações podem ser classificadas por sua função e área de aplicação. Conheça algumas das áreas em que um ilustrador pode atuar:

  1. Ilustração Editorial – é aquela aplicada em livros, revistas, comics, etc.

  2. Ilustração Científica – é aquela que se aplica às ciências, como por exemplo uma ilustração representando as fases da vida de uma borboleta. As técnicas mais comuns são desenhos e pinturas hiper-realistas e fotografia.

  3. Ilustração Botânica – é uma área da ilustração científica que se dedica exclusivamente à ilustração e catalogação de espécies de plantas, geralmente apresentando diferentes fases de crescimento da espécie, e acompanhada de suas nomenclaturas científicas.
  4. Ilustração Instrucional – pouco conhecida, porém presente em quase todos os produtos que consumimos, são as ilustrações dedicadas à explicação de como usar algo. Como abrir, como montar, etc.

  5. Ilustração Jornalística – é aquela criada e divulgada nos jornais multiplataforma, que incluem a versão mobile (para o acesso por dispositivos móveis), impressa ou através de portais (sites e plataformas). Inclui-se Desenho de Humor (Caricatura, Charge, Cartum e História em quadrinhos) e toda ilustração que visa representar conteúdo opinativo no jornalismo, assim como a Ilustração para Infografia-Ilustrada. Para saber mais sobre o assunto na atualidade sugerimos a leitura da dissertação de mestrado de Vinicius José Shindo Mitchell (2018).

  6. Ilustração Publicitária – é aquela focada em destacar o produto em espaços de divulgação publicitária, sejam revistas, jornais, sites, redes sociais, folders, etc. A ilustração publicitária é um exemplo que deixa muito claro o papel da ilustração no fortalecimento e posicionamento de uma marca, sendo comprovadamente responsável no aumento de vendas e na escolha do consumidor por determinado produto ao invés do concorrente por se identificar com a ideia representada na peça publicitária.

  7. Infográfico – são textos visualmente explicativos e informativos associados a elementos não verbais, tais como ilustrações, sons, gráficos, hiperlinks etc. São utilizados com frequência na mídia impressa e digital, tendo como principal função informar o leitor. Neste caso a ilustração está sempre mesclada ao texto ou outros elementos de composição.

  8. Ilustração de Embalagens (packaging) – é aquela aplicada nas embalagens de 100% dos produtos que consumimos. Mais do que um produto, a ilustração de embalagem vende um conceito, um elo de identificação entre produto e cliente, que pesquisas apontam ser o fator decisivo na escolha de um determinado produto em detrimento de outro da concorrência. Um ótimo exemplo é o mascote que algumas marcas associam ao seu produto, como o tigre do salgadinho Cheetos, ou o urso polar da Coca Cola. Com função similar e geralmente em harmonia com a ilustração publicitária, é uma área da ilustração que está presente em nossas vidas sem nem percebermos. Costuma estar alinhada com a identidade visual e posicionamento de marca da empresa ou de determinada campanha realizada por ela.

GRAVURA

Gravura é o termo utilizado para nomear uma técnica que se caracteriza pela utilização de uma matriz que pode ser feita de metal (calcografia), pedra (litografia), madeira (xilogravura) ou tela (serigrafia ou silk screen) na criação e impressão final de uma obra visual.

A placa (que terá o tamanho similar ao da obra final) é esculpida para criar o desenho a ser impresso, onde se aplica uma camada de tinta e, por fim, se aplica o papel para realizar a impressão da obra. Essa placa se chama matriz, e pode ser utilizada para a reimpressão de quantas peças visuais se desejar produzir. Existem dois tipos de gravura:

– Em horizonte, ou em encavo: neste modo de trabalho o sulco vai receber a tinta e aparece como positivo no trabalho final.

– Em relevo: a superfície em alto relevo é que recebe a tinta, e o sulco aparece em negativo (sem a presença da tinta).

“Sobre a origem propriamente dita da impressão xilográfica, feita com matrizes de madeira gravadas em relevo, acredita-se que possa ter surgido na China, nos finais da dinastia Sui (581-618) ou inícios da dinastia Tang (618-907), embora faltem exemplares ou notícias desse facto. Talvez porque ele nunca foi reconhecido como algo de extraordinário pelos seus próprios contemporâneos. Assim, as mais antigas evidências conservadas da impressão chegam-nos da Índia, da Coreia e do Japão: o quase lendário monge chinês Xuanzang (ca. 600-644 ou 645) teria ele próprio executado impressões 5 na Índia e um outro monge Yijing, (635-713), que meio século mais tarde visitou a Índia 6, relata o uso de matrizes de barro para estampar imagens de Buda, em 691. Na Coreia, conservou-se uma escritura budista (Sutra Dharani, da Luz Pura) que teria sido traduzida por um tal monge Mitasan, cerca de 704, e colocada no Templo
Hwangboksa em 706. Qualquer que seja a sua data de impressão, ela será sempre anterior a 751 7, o que torna esta Sutra possivelmente o mais antigo documento impresso no Mundo.”

Fonte: Artigo “1.000 anos antes de Guttemberg”, de A . E . Maia do Amaral na revista Cadernos Bad

 

audiodescrição simplificada: fotografia vista de cima, de uma placa de metal sobre uma peça retangular de madeira, sendo trabalhada com detalhes de entalhe para a composição de uma matriz de gravura por uma mão masculina branca, vista somente do pulso para as pontas dos dedos, usando um casaco marrom.
Foto: Ahmet Çiftçi

No Ocidente, a gravura começou com o advento do papel no século XIV. Em meados do século seguinte, porém, a tecnologia começou a ganhar destaque na Alemanha e na Itália. Desenvolvido por ourives, esse método se espalhou por toda a Europa. A partir desse período, os artistas ocidentais que usavam a gravura passaram a ser chamados de mestres da gravura.

As gravuras são assinadas, numeradas e datadas pelo artista criador, incluindo ainda a quantidade de cópias, geralmente no rodapé ou no verso da gravura. Quanto menor o número de exemplares produzidos, mais a gravura é valorizada. Isso ocorre em consequência do desgaste natural da matriz, pois as primeiras imagens saem da matriz menos desgastadas. As primeiras gravuras costumam pertencer aos artistas e estas recebem uma sigla denominada P.A., que significa a Prova dos Artistas.

#Curiosidade

Carlos Oswald, nome de destaque como precursor da gravura no Brasil, foi ainda responsável pelo desenho final do Cristo Redentor, monumento que se encontra na cidade do Rio de Janeiro, no morro do Corcovado. Em 2007, o artista teve sua vida levada para as telas através do filme-documentário Carlos Oswald – O Poeta da Luz, dirigido por Regis Faria e com Fernando Eiras no papel de Carlos Oswald. A abordagem enfoca o grande descaso dos brasileiros com a arte e os artistas nacionais, além de revelar mais informações sobre a trajetória do renomado artista.

#PraTodosVerem no Alt Text #PraCegoVer #PraTodoMundoVer

O que é Acessibilidade Cultural?

O que é Acessibilidade Cultural?

Audiodescrição de card informativo. Na parte superior, um pequeno retângulo preto, em letras caixa alta brancas, o texto: ESQUINA GRÁFICA. .À esquerda, lateral de uma cadeira de rodas, a mão esquerda de um homem branco segura a roda esquerda. A manga da camisa xadrez preto e branco está dobrada deixando o pulso aparente. Sobre a imagem margeada com linhas finíssimas e irregulares laranja, a frase com letras caixa alta laranja: O QUE É ACESSIBILIDADE CULTURAL? Na margem inferior do card, sobre fundo claro, as logomarcas dos patrocinadores. Em letras laranja, Lei Aldir Blanc em Santa Catarina, à direita sobreposta em um quadrado azul, o busto do artista em cor laranja. Conselho Estadual de Cultura - SC. Três linhas curvas que formam as letras estilizadas: C em vermelho, E em verde e C em vermelho. Fundação Catarinense de Cultura, letras iniciais estilizadas e em diagonal se encaixam: F e C em verde e C em vermelho. Governo do Estado de Santa Catarina, na parte superior, à direita, a bandeira flamulante do estado. Secretaria Especial da Cultura. Ministério do Turismo. Governo Federal em letras pretas pequenas, em destaque: Pátria Amada Brasil, em letras grandes verdes. Bandeira do Brasil estilizada, sobre retângulo verde oliva a imagem parcial do quadrado amarelo e do círculo azul, aparecem da metade para cima, entrecortada por uma faixa horizontal branca iluminada, cuja luz se dissipa nos demais elementos. Abaixo das logomarcas, Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recurso do Governo Federal e da Lei Aldir Blanc.

Partimos do princípio, traduzindo o óbvio: Pessoas com deficiência são consumidores de cultura, sim!

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) atesta que as pessoas com deficiência possuem direito aos meios culturais acessíveis e que é preciso assegurar sua participação nas atividades culturais. Vem normatizar o que já é previsto na Constituição Federal de 1988, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se (…) a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Mas o que é Acessibilidade Cultural?

Acessibilidade Cultural é um conceito que visa garantir o acesso de todas as pessoas à cultura e às atividades culturais, independentemente de sua condição física, mental, social ou econômica.

Isso significa que todos devem ter a oportunidade de participar de eventos culturais, ou seja, a Acessibilidade Cultural pressupõe que os documentários, as peças de teatro, as exposições nos museus, os projetos culturais virtuais e presenciais estejam ao alcance de qualquer pessoa sem que nenhuma barreira ou obstáculo os impeça de fazê-lo. Permitindo assim a construção de conhecimentos coletivos sobre a importância da cultura para a formação da pessoa, com ou sem deficiência. Porém na prática, observamos uma precarização na disponibilidade dos elementos de acessibilidade em espaços culturais.

A acessibilidade cultural é um direito fundamental que deve ser garantido a todos os cidadãos, e cabe às autoridades públicas, às empresas e às organizações da sociedade civil promoverem políticas e práticas que favoreçam a inclusão e a acessibilidade cultural. Isso envolve a adoção de medidas como a construção de espaços culturais adaptados, a disponibilização de materiais em formatos acessíveis, a oferta de recursos de tradução e interpretação e o desenvolvimento de programas educacionais e de sensibilização.

Porém enquanto sociedade civil organizada, nós artistas temos uma parcela importante na responsabilidade de garantir acessibilidade em nossas obras e ações culturais. Pensar um projeto desde sua concepção com formas de acesso para todos os públicos garante que ao chegar à fase de execução esta seja uma etapa como qualquer outra na logística da produção cultural.

 

DESAFIOS E CONQUISTAS

Um dos principais desafios para a promoção da acessibilidade cultural é a falta de consciência e de conhecimento sobre a importância desse tema. Muitas vezes, as pessoas não se dão conta de que suas práticas e hábitos cotidianos podem estar excluindo grupos vulneráveis e limitando o acesso à cultura. É preciso, portanto, investir em campanhas de conscientização e educação, para que a população em geral possa compreender a dimensão do problema e contribuir para a sua solução.

Outro desafio importante é a falta de recursos financeiros e materiais para a promoção da acessibilidade cultural. Nem sempre as empresas e as organizações têm condições de investir em tecnologias e adaptações que possam favorecer a inclusão e a acessibilidade. Nesse caso, é importante que as políticas públicas ofereçam incentivos e subsídios para que essas iniciativas possam ser implementadas.

Confira abaixo  4 dicas para garantir que seu projeto não seja excludente:

 

audiodescrição simplificada de fotografia: em frente a uma parede verde clara, uma mulher sorri, segurando com as duas mãos um brócolis. Ela é uma mulher branca, e tem cabelos coloridos de rosa e azul. Sorri olhando para frente e usa uma camisa listrada verde e branca. A mão direita segurando o brócolis sobre sua cabeça é uma prótese de cor preta, substituindo o membro amputado.
Foto: Anna Shvets
  1. Utilize ferramentas digitais acessíveis: Uma maneira econômica e eficiente de oferecer acessibilidade é utilizar ferramentas digitais acessíveis, como legendas, audiodescrição, LIBRAS, entre outras, para tornar o conteúdo cultural mais acessível para pessoas com deficiência visual, auditiva e cognitiva. Existem diversas ferramentas gratuitas disponíveis na internet que podem ajudar nesse processo.

  2. Colabore com intérpretes de LIBRAS e audiodescritores voluntários: Se você não tem recursos financeiros para contratar profissionais especializados em acessibilidade, uma alternativa é buscar intérpretes de LIBRAS e audiodescritores voluntários que possam ajudar na produção de conteúdo acessível. Existem muitas pessoas engajadas em ações sociais que podem estar dispostas a colaborar com o projeto cultural.

  3. Busque parcerias com instituições e organizações da sociedade civil: As instituições e organizações da sociedade civil que atuam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência podem ser importantes aliadas na promoção da acessibilidade cultural. Estabelecer parcerias com essas entidades pode trazer benefícios mútuos e ajudar a viabilizar a oferta de ações culturais acessíveis.

  4. Disponibilize materiais em formatos acessíveis: Disponibilizar materiais em formatos acessíveis, como textos em Braille, vídeo com legendas e audiodescrição, tour tátil de instrumentos e figurinos, imagens audiodescritas, entre outras medidas, pode ajudar a tornar o conteúdo cultural mais acessível e inclusivo. Além disso, é importante que esses materiais estejam disponíveis em plataformas acessíveis e de fácil navegação para as pessoas com deficiência.

PROMOVA AÇÕES CULTURAIS INCLUSIVAS

Para além da oferta de conteúdo acessível, é importante que as ações culturais em si sejam inclusivas, ou seja, que os espaços e as atividades estejam adaptados às necessidades para receber pessoas com deficiência. A acessibilidade arquitetônica envolve a disponibilização de rampas de acesso, banheiros adaptados, sinalização tátil e sonora, espaço reservado para receber cadeirantes na ação cultural, entre outras medidas.

Prover acessibilidade em projetos culturais não precisa ser um processo caro ou complexo. Com um pouco de criatividade e engajamento, é possível oferecer conteúdo cultural acessível e inclusivo para todas as pessoas, independente de suas limitações.

A acessibilidade cultural é uma questão fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e democrática, em que todos tenham as mesmas oportunidades de acesso à cultura e ao conhecimento. Promover a inclusão e a acessibilidade cultural é, portanto, um dever de todos, e requer a mobilização de esforços e recursos de todas as partes envolvidas.

Queremos instigar a reflexão sobre a necessidade de ações culturais que contemplem a acessibilidade, a diversidade e a democratização de acesso. Quais são esses mecanismos, como funcionam e como são aplicados. Acompanhe nossas postagens e vamos aprender juntes sobre essa belezura que é a acessibilidade cultural plena.

Arte: Tita Tinta Ilustra
Audiodescrição: Ouvindo Imagens

#PraTodosVerem #PraCegoVer #PraTodoMundoVer no Alt Text

#ESQUINAGRÁFICA #2022 #Cultura #AcessibilidadeCultural #ArteAcessível #LBI #ConstituiçãoFederal #Acessibilidade #Audiodescrição #Inclusão #PCD #Cadeirante #FiquePorDentro #Ilustração #PlataformaCriativa #ConcursoCultural #NovosProjetos #ArteLocal #EconomiaCriativa #Ilustradores #ArtesVisuais #B2B #B2C #Produtos #Serviços #Oficinas #ComunidadeSurda

Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais

Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais

Audiodescrição do card de divulgação em fundo branco com alguns respingos pretos. Sobre ele um retângulo vertical preto, com margem inferior lilás, com o texto: em letras caixa alta brancas: OFICINA DE, em vermelho: AUTO, em branco: PRODUÇÃO. Abaixo: ARTES VISUAIS. 22 a 25 março, o horário está na lateral da data: 10:30h. Na margem esquerda, texto na vertical,caixa alta em vermelho: INSCRIÇÕES ABERTAS. Abaixo em letras pretas, até 21 de março. Na margem à direita, em preto, o ícone de acessibilidade em Libras, com o desenho em preto de duas mãos sobrepostas, uma voltada para cima e a outra para baixo; Entre dois pequenos marcadores de forma quadrangular: LINK NA BIO e o ícone do Youtube. Na margem inferior do card, as logomarcas dos patrocinadores. Em letras laranja, Lei Aldir Blanc em Santa Catarina, à direita sobreposta em um quadrado azul, o busto do artista em cor laranja. Conselho Estadual de Cultura - SC. Três linhas curvas que formam as letras estilizadas: C em vermelho, E em verde e C em vermelho. Fundação Catarinense de Cultura, letras iniciais estilizadas e em diagonal se encaixam: F e C em verde e C em vermelho. Governo do Estado de Santa Catarina, na parte superior, à direita, a bandeira flamulante do estado. Secretaria Especial da Cultura. Ministério do Turismo. Governo Federal em letras pretas pequenas, em destaque: Pátria Amada Brasil, em letras grandes verdes. Bandeira do Brasil estilizada, sobre retângulo verde oliva a imagem parcial do quadrado amarelo e do círculo azul, aparecem da metade para cima, entrecortada por uma faixa horizontal branca iluminada, cuja luz se dissipa nos demais elementos. Abaixo das logomarcas, Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recurso do Governo Federal e da Lei Aldir Blanc.

A ESQUINA GRÁFICA inicia os trabalhos em 2022 com uma oportunidade imperdível para artistas visuais, sejam estudantes, profissionais ou você que está se inserindo no mercado agora. Serão 4 dias de oficinas que abordarão questões relacionadas ao posicionamento de mercado, dicas de gestão, atendimento ao cliente, construção de portfólio, e ainda dicas sobre como ampliar o alcance do seu belíssimo trabalho ao prever acessibilidade em suas obras.

“Ah, eu sou tatuador(a)(e) / grafiteiro(a)(e) / fotógrafo(a)(e) / designer gráfico(a)(e) / ilustrador(a)(e), posso participar dessas oficinas?”

Pode, e deve! As oficinas são voltadas para artistas visuais catarinenses, brasileiros e imigrantes, com ou sem deficiência, sendo estes estudantes, acadêmicos, pesquisadores e professores, profissionais autônomos, artistas em busca de inserção no mercado de ilustração, com ou sem formação acadêmica na área, com acesso à internet, de todas as classes sociais; a partir de 16 anos, de todos gêneros e identificações étnico-raciais.

Para se inscrever basta acessar o link e preencher os dados; e dias de interesse das oficinas. Mas corre que as inscrições vão só até 21 de março – Lembrando que haverá certificado de participação para os inscritos.

O time à frente dessa jornada conta com a potência de Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli, da empresa Una! Criatividade e Impacto Positivo. Com uma vasta experiência no setor de economia criativa, a dupla vai nos conduzir nesta jornada rumo ao aprimoramento profissional.

PROGRAMAÇÃO

Dia 22 de março, terça-feira: Atendimento, Precificação e CNPJ – Artista visuais no dia a dia do mercado. Duração 45 minutos + 15 minutos para responder perguntas. Ministrantes: Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli

Dia 23 de março, quarta-feira: Sem fórmula mágica para a produção – Aprenda a montar cronogramas e gerenciar o seu dia a dia. Duração 45 minutos + 15 minutos para responder perguntas. Ministrantes: Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli

Dia 24 de março, quinta-feira: Eu no mundo – a importância da comunicação interpessoal, portfólio e redes sociais. Duração 45 minutos + 15 minutos para responder perguntas. Ministrantes: Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli

Dia 25 de março, sexta-feira: Acessibilidade cultural – entenda os tipos de acessibilidade e como realizar produções culturais acessíveis. Duração 45 minutos + 15 minutos para responder perguntas. Ministrantes: Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli

O Projeto Cultural ESQUINA GRÁFICA – Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais, da Tita Tinta Ilustrações, é patrocinado pelo Edital Aldir Blanc 2021 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

Em um círculo branco, sobre um fundo de respingado de tinta em preto, a fotografia colorida em primeiro plano do oficinante. Ele é branco de pele clara. O cabelo é escuro e está amarrado em um rabo de cavalo, barba e bigode. Os olhos estão um pouco fechados, ele usa óculos de grau, com armação quadrada preta e está sorrindo. Veste T-shirt branca de manga curta, deixando os braços tatuados aparentes. Sobreposta a fotografia uma moldura retangular vertical com linha finíssima laranja. logo abaixo da moldura o nome Qiah Salla.

CEO da Dois Pontos: Una! Mente criativa e conector entre as necessidades das marcas com a realização de projetos criativos e de propósito. Como consultor em criatividade, Qiah atua auxiliando empresas e instituições de médio e grande porte a desenvolverem projetos de impacto positivo em seu ecossistema. Trabalhou com marcas como Sistema Ailos, Cooper, Bradesco, Caixa, Sesc, Senai e coordenou ações de posicionamento de projetos, programas e planejamento estratégico de comunicação de diferentes instituições ligadas à cultura. Realizou mais de 300 eventos e projetos relacionados à criatividade e publicidade. Atualmente assessora 22 municípios no desenvolvimento de políticas públicas para de cultura que favoreçam a arte e a inovação. Esteve Conselheiro Estadual de Cultura de Santa Catarina, eleito para mandato 2019-21.

Em um círculo com fundo de plantas verdes, a fotografia colorida em primeiro plano da oficinante, sobreposta sobre respingos de tinta preta. Ela é branca de pele clara. O cabelo escuro está amarrado em um rabo de cavalo. As sobrancelhas são arqueadas e bem delineadas. Os olhos castanhos, amendoados e expressivos, lábios médios fechados, com batom nude. Veste blusa vermelha, lenço em tons de roxo e vermelho em volta do pescoço. Sobreposta a fotografia uma moldura retangular vertical com linha finíssima laranja, logo abaixo da moldura o nome Maria Teresa Piccoli

Com quase duas décadas atuando como produtora e gestora de programas culturais, Maria coordena projetos e a produção da equipe de criação da Dois Pontos: Una! Traz na bagagem o trabalho em uma das mais importantes instituições culturais brasileiras, o Sesc. Onde dirigiu e produziu projetos para promover a fruição e o aprendizado em música, teatro, dança, circo e literatura em todo o país, especialmente Santa Catarina. Colaborou com as discussões em política cultural através de suas participações como conselheira no Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina (2013/2017). É Bacharel em Letras pela Unochapecó (SC), tem pós-graduação em Gestão Cultural pelo Senac (PR) e Gestão de Projetos no MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2020 foi agraciada pelo Governo do Estado de Santa Catarina com a Medalha Cruz e Sousa, a maior honraria concedida na área da Cultura.

CONCURSO CULTURAL

Tem mais! Estas oficinas serão facilitadoras para a próxima etapa vindo por aí: o Concurso Cultural ESQUINA GRÁFICA, que abrirá as portas para a primeira plataforma acessível de ilustradores do Brasil.

As Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais oferecem capacitação para que os/as artistas possam prestigiar o Concurso Cultural ESQUINA GRÁFICA, que abre inscrições no segundo semestre de 2022, para a ocupação da estrutura web da primeira Plataforma Criativa de Artistas Visuais acessível do Brasil: www.esquinagrafica.com.br. Num espaço organizado de forma profissional, os artistas poderão apresentar seu trabalho, portfólio, e demais informações para que possam ser contratados por empresas e pessoas de qualquer parte do Brasil, assim como vender seus produtos. Este concurso prevê a ocupação de forma totalmente gratuita e sem nenhuma taxa de inscrição, com recorte de acesso garantido para artistas indígenas, negros/as, com deficiência, terceira idade e recém-ingressos no mercado.

Além do espaço disponibilizado para artistas, a Plataforma Criativa contará ainda com uma Galeria Permanente de Arte Acessível, área de formação/cursos, entre outras novidades.

O Projeto Cultural Plataforma Digital ESQUINA GRÁFICA, da Tita Tinta Ilustrações, é patrocinado pela Prefeitura Municipal de Blumenau e pela Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais de Blumenau, por meio do Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau.

Fortalecer, fomentar, crescer… Só vem!

SERVIÇO

ESQUINA GRÁFICA – Oficinas de Autoprodução Para Artistas Visuais

De 22 a 25 de março, às 19h30

Pelo canal https://bit.ly/YouTubeEsquinaGrafica

Inscrição gratuita pelo link: https://esquinagrafica.com.br/inscricao-oficinas-de-autoproducao Vagas limitadas

Classificação Livre e com tradução em Libras

Apoio: Hand Talk e UFSC Campus Blumenau.

EQUIPE TÉCNICA ESQUINA GRÁFICA – OFICINAS DE AUTOPRODUÇÃO PARA ARTISTAS VISUAIS

Tatiane Hardt, idealizadora do projeto e do Esquina Gráfica: pré/pós e produção executiva
Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli: Ministrantes das oficinas
Mara Rubian Matteussi: Audiodescrição
Suzi Daiani da Silva: Libras
Tita Tinta Ilustrações: Design gráfico
Luana Hang Upnmoor: Assistência executiva e mídias sociais
Nane Pereira Comunicação e Arte: Assessoria de imprensa

Saiba mais sobre nossa equipe de produção

Quais são os tipos de acessibilidade?

Quais são os tipos de acessibilidade?

Audiodescrição de Card informativo. Na parte superior, um pequeno retângulo preto, em letras caixa alta brancas, o texto: ESQUINA GRÁFICA. Na imagem, mãos negras tocam com as pontas dos dedos um texto em braille impresso em papel branco. No fundo desfocado, uma xícara branca sobre a mesa. Sobre a imagem margeada com linhas finíssimas e irregulares laranja, a frase com letras caixa alta laranja: QUAIS SÃO OS TIPOS DE ACESSIBILIDADE? Na margem inferior, sobre fundo branco, as logomarcas. Apoio: 3w4u, Soluções tecnológicas. Realização: em letras pretas estilizadas, Tita Tinta Ilustrações. Patrocínio: Prêmio Herbert Holetz, um rolo de filme para cinema se desenrola e forma a letra P. Duas formas ondulares, nas cores azul e rosa de frente uma para outra, abaixo, Fundo Municipal de Apoio à Cultura. Seis círculos distintos e agrupados, ao lado as letras C, em vermelho e MPC em verde, abaixo, Conselho Municipal de Política Cultural - Blumenau. Fotografia em preto e branco da fachada de um prédio histórico, ao lado, Secretária Municipal de Cultura e Relações Institucionais. Bandeira de Blumenau, brasão municipal centralizado sobre listas brancas e vermelhas, a esquerda uma faixa vertical ondular azul, abaixo, Prefeitura de Blumenau.

Por Tatiane Hardt

Já falamos um pouquinho sobre Acessibilidade Cultural e sua importância aqui em nosso Blog. Mas quais são os tipos de acessibilidade e a forma como se aplicam?

A importância da Acessibilidade Cultural é indiscutível, e a sua aplicação é possível em diversos âmbitos, como nas comunicações, legislação e normativas, ações pedagógicas, extinção de barreiras físicas, utilização de ferramentas tecnológicas e escolhas de comportamento pessoal.

Acessibilidade Cultural é um direito que deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de suas limitações, e para isso, é preciso estar atento aos tipos de acessibilidade e sua aplicação em todas as áreas da sociedade. Mas quando falamos em arte e cultura, deveríamos estar falando em termos sinônimos ao acesso e inclusão. Afinal, quem quer que suas obras sejam excludentes, não é mesmo?
 
Vem com a gente, vamos aprender juntos como criar, expor e vender obras acessíveis a todos os públicos.
 

Você conhece o termo CAPACITISMO?

O capacitismo está para as pessoas com deficiência como o machismo está para as mulheres ou o racismo para pessoas negras. Se baseia numa determinada concepção do corpo “certo”, “padrão”, “perfeito”. É uma forma de discriminação que se manifesta por meio da exclusão,
marginalização ou inferiorização das pessoas com deficiência, com base na crença de que elas são menos capazes ou menos valiosas do que as
pessoas sem deficiência. Esse tipo de discriminação pode ser sutil ou explícita, e pode ser encontrado em vários aspectos da vida cotidiana,
incluindo educação, emprego, saúde, transporte, cultura, entre outros.

Capacitismo (em inglês: ableism) é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência. Em sociedades capacitistas, a ausência de qualquer deficiência é visto como o “normal”, e pessoas com alguma deficiência são entendidas como exceções; a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido (às vezes até ocultado/escondido), se possível por intervenção médica; um exemplo de postura capacitista é dirigir-se ao acompanhante de uma pessoa com deficiência física em vez de falar diretamente com a própria pessoa.

A noção de que Pessoas Com Deficiência – PCD – são inferiores às pessoas sem deficiência não é novidade em nossa sociedade. A história da exclusão de pessoas com deficiência remonta a diferentes civilizações antigas. Durante séculos, as pessoas com deficiência foram excluídas do convívio em sociedade, sendo colocadas em instituições ou isoladas/escondidas em casa.

No final do século XIX e início do século XX, houve uma mudança na forma como a sociedade enxergava as pessoas com deficiência, com o surgimento do movimento eugênico que promovia a esterilização forçada e o extermínio de pessoas com deficiência consideradas “indesejáveis”. Temos o triste exemplo da era nazista na Alemanha, onde milhares de pessoas foram assassinadas. Mas o movimento eugenista também teve uma história muito forte no Brasil e em outras partes do mundo.

A partir da década de 1960, com o movimento pelos direitos civis, as pessoas com deficiência exigiram mudanças nas atitudes sociais e políticas públicas.

Vale mencionar que o capacitismo é um preconceito estrutural e pode ser encontrado como opressão ativa e deliberada (insultos, considerações negativas, arquitetura inacessível), quanto como opressão passiva (como reservar às pessoas com deficiência tratamento de pena, de inferioridade e subalternidade).

audiodescrição simplificada de fotografia: homem cego sentado em um sofá, segurando sua bengala branca com as duas mãos à frente do seu corpo. Ele tem cabelo preto e curto, sobrancelhas pretas, sendo que a sobrancelha direita tem uma falha decorativa, usa barba preta e bigode bem aparados, veste uma camisa branca, uma jaqueta cinza aberta e calça jeans clara. Tem os olhos abertos, com retinas descoloridas, e uma expressão séria. Ao fundo uma parede branca e um balcão cinza onde estão dispostos livros e um quadro branco.
Foto: Tima Miroshnichenko

Essa atitude permanece presente no nosso dia a dia, enquanto fazedores de cultura, a cada nova exposição que se inaugura, que só pode ser acessada por pessoas videntes, ouvintes e sem qualquer outro tipo de deficiência.

Acesso à cultura é um direito previsto na Lei Brasileira de Inclusão. A arte pode, e deve, chegar muito mais longe, realmente acessível para todos os públicos, sem discriminação nem barreiras.

Para uma melhor compreensão dos tipos de acessibilidade, podemos dividi-los em sete categorias: Acessibilidade Atitudinal, Instrumental, Arquitetônica, Metodológica, Programática, Natural e nas Comunicações.

ACESSIBILIDADE ATITUDINAL

Refere-se ao comportamento das pessoas sem preconceitos, estereótipos, estigmas e discriminações; Um ótimo exemplo começa por trocar o termo “deficiente” por pessoa com deficiência, porque a pessoa vem antes de sua deficiência.

ACESSIBILIDADE INSTRUMENTAL

Tem como objetivo superar barreiras através de utensílios, instrumentos e ferramentas necessárias ao estudo nas escolas, atividades profissionais, de recreação e lazer. Um exemplo é o uso de software leitor de tela para pessoas cegas, que acessa a audiodescrição de imagens no alt text.

ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA

Visa a adequação de espaços e a extinção de barreiras físicas e ambientais em residências, espaços públicos e privados, edificações e equipamentos urbanos, através de rampas, elevadores e banheiros adaptados.

Exemplo de audiodescrição realizada pela empresa Look By Sound da obra “Mona Lisa“, de Leonardo Da Vinci

FICHA TÉCNICA
Audiodescrição e narração – Ligia Ribeiro
Consultoria em audiodescrição – Luciane Molina
Pintor renascentista – Leonardo da Vinci
Trilha sonora – Dolce Amoroso Foco – melodia renascentista

A pintura a óleo sobre madeira, intitulada Mona Lisa, foi pintada pelo italiano renascentista Leonardo da Vinci, entre 1503 e 1506. Mede 77 cm de altura por 53 cm de largura. Leonardo usou a técnica “sfumato“: estilo esfumaçado, com contornos sombreados, gradações de luz e sombra e variações de cores. A obra de arte está exposta no Museu do Louvre, em Paris.

ACESSIBILIDADE METODOLÓGICA

Refere-se à queda de barreiras nas metodologias de ensino, com a utilização de recursos de acessibilidade para alunos com deficiência, como textos em braille, audiodescrição de imagens ou alto relevo, por exemplo.

ACESSIBILIDADE PROGRAMÁTICA

Está relacionada às normas, leis e regimentos que respeitam e atendem as necessidades das pessoas com deficiência, e se necessário, utilizar adaptações razoáveis para incluir a todos.

ACESSIBILIDADE NATURAL

Visa a adequação de espaços para adequar ou superar barreiras da própria natureza, como no caso de um cadeirante que terá dificuldades em se locomover em uma vegetação irregular ou uma calçada repleta de árvores.

Por fim, a ACESSIBILIDADE NAS COMUNICAÇÕES refere-se ao acesso à comunicação interpessoal, escrita e virtual, como a presença de intérprete de LIBRAS em ações culturais, audiodescrição de imagens, postagens, cartazes e banners, acesso a material impresso em Braille, entre outros.

Apesar dos avanços, a exclusão e a discriminação ainda persistem em muitos espaços, com a maiora das pessoas com deficiência enfrentando barreiras para participar plenamente da sociedade em igualdade de condições. E vale mencionar que assim como não é necessário ser uma pessoa negra para entender que o racismo é um preconceito inaceitável, ser mulher para entender a importância do feminismo, também não é necessário ser uma pessoa com deficiência para entender a importância da acessibilidade e lutar pelos direitos da comunidade PCD.

Vem com a gente pensar um mundo diferente, um mundo melhor. Vamos aprender e crescer juntos!
Se este artigo foi útil para você, compartilhe e multiplique. Quanto mais informação, menor o preconceito!

Arte: Tita Tinta Ilustra
Audiodescrição de card capa: @ad_ouvindoimagens

#PraTodosVerem #PraCegoVer no alt Text #PraTodoMundoVer

Você pensa sua arte para todos os públicos?

Você pensa sua arte para todos os públicos?

Audiodescrição de card informativo com fundo verde claro, margeado com linhas finíssimas e irregulares laranja. Na parte superior, centralizado um pequeno retângulo preto, em letras caixa alta, brancas: ESQUINA GRÁFICA. Na parte inferior, surgindo da direita, uma prótese ortopédica mecânica preta para membro superior direito, com dedos articulados que seguram um brócolis verde pelo talo. Acima da imagem, na lateral direita, a frase, em letras laranjas: Você pensa sua obra para todos os públicos? Na margem inferior do card, sobre fundo claro as logomarcas dos patrocinadores. Em letras laranja, Lei Aldir Blanc em Santa Catarina, à direita sobreposta em um quadrado azul, o busto do artista em cor laranja. Conselho Estadual de Cultura - SC. Três linhas curvas que formam as letras estilizadas: C em vermelho, E em verde e C em vermelho. Fundação Catarinense de Cultura, letras iniciais estilizadas e em diagonal se encaixam: F e C em verde e C em vermelho. Governo do Estado de Santa Catarina, na parte superior, à direita, a bandeira flamulante do estado. Secretaria Especial da Cultura. Ministério do Turismo. Governo Federal em letras pretas pequenas, em destaque: Pátria Amada Brasil, em letras grandes verdes. Bandeira do Brasil estilizada, sobre retângulo verde oliva a imagem parcial do quadrado amarelo e do círculo azul, aparecem da metade para cima, entrecortada por uma faixa horizontal branca iluminada, cuja luz se dissipa nos demais elementos. Abaixo das logomarcas, Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recurso do Governo Federal e da Lei Aldir Blanc.

Artigo por Tatiane Hardt

“A arte é minha vida. Meus quadros são filhos que alimento com tinta”

Esta frase abre a entrevista que o artista visual com síndrome de down Lucio Piantino¹ concedeu para o artigo “A arte acessível para todos”, do Jornal de Brasília².

O sentimento é certamente familiar a todo e qualquer artista que vê nas artes sua vocação: “A arte é minha vida.”

Já se vão 15 anos em que a Lei Federal de Incentivo à Cultura (antiga Lei Rouanet) exige que todos os projetos culturais apresentem um planejamento de acessibilidade para que seja garantido o direito de acesso à cultura para pessoas com deficiência.

Apesar dos avanços do Plano Nacional de Cultura e da Lei Brasileira de Inclusão – em vigor desde 2016 – ainda vemos um tímido avanço no que diz respeito à acessibilidade cultural, e na oferta de mecanismos de formação, informação e conscientização.

Isto se reflete claramente no ambiente acadêmico, que muito pouco ou nada desenvolve no preparo destes futuros profissionais para atender essa demanda mercadológica e social. Segundo o último censo divulgado pelo IBGE, cerca de 25% da população brasileira é composta de pessoas com deficiência. Isto significa que exceto dentro da própria comunidade de pessoas com deficiência, 25% do público não é plenamente contemplado nas ações culturais ofertadas. E quando ofertadas, costumam ser pensadas apenas para um tipo de deficiência: acessibilidade em LIBRAS para pessoas surdas, mas não de audiodescrição ou tour tátil para pessoas cegas, por exemplo.

ARTE QUESTIONADORA

A arte, na sua função social, do questionamento à ruptura, exige de nós artistas a quebra de padrões pré-estabelecidos. Faz parte do processo criativo a busca permanente pelo novo, uma caminhada expansiva daquilo que nos habita. No fazer artístico, vislumbrar a obra antes de colocá-la em prática é também pensar no que desejamos que o público sinta e entenda daquilo que queremos transmitir. Esta liberdade absoluta na hora da criação artística precisa se refletir em acesso irrestrito também ao resultado da pesquisa.

Nas artes visuais, esta conexão entre criação e acesso à obra é costumeiramente ignorada. Seja por falta de conhecimento, seja por ignorância de uma realidade que não é a sua, quando o artista não é uma pessoa com deficiência, existe essa tendência de recorte de exclusão inato à sua obra, especialmente em relação à comunidade não vidente.

Realmente há vários desafios e etapas a serem vencidas no processo de entender o que é e como funciona a acessibilidade cultural, quais os tipos de acessibilidade para cada deficiência, o que é democratização de acesso, como aplicar esses mecanismos na arte, quais as formas de garantir a acessibilidade sem encarecer o projeto com pouca verba disponível, e assim por diante.

É um processo que envolve desde a quebra de preconceitos como o capacitismo, passa pela empatia e disponibilidade para aprender, e chega na provocação que deixamos com este artigo:

Você pensa sua obra para todos os públicos?

Na ESQUINA GRÁFICA seguimos nessa jornada de aprendizado e convidamos você a se juntar a nós. Para entendermos mais, e juntos fazermos melhor. Porque para nós existe uma certeza: que Arte e Cultura são vetores de mudança social e inclusão, de quebra de barreiras e preconceitos – sejam quais forem.

¹Conheça o trabalho de Lucio Piantino no instagram
²A arte acessível a todos, por Arquivo Geral – Jornal de Brasília

#PraTodosVerem #PraCegoVer no Alt Text #PraTodoMundoVer

Quem não ama uma novidade não é mesmo?

Quem não ama uma novidade não é mesmo?

Audiodescrição da imagem do banner de capa do site “Esquina Gráfica” acessível. Mesa branca, coberta com papel pardo à direita. Sobre ela estão dispostos vários objetos. Ao centro, um caderno com folhas quadriculadas aberto e com uma fita marca páginas separando-as. Na página da esquerda, centralizada o título sublinhado: Check List, abaixo uma lista destacada por uma caixinha preta com um sinal de visto em verde, no início das frases: Web Designer; Navegação Acessível; Ilustradores e serviços; Concurso Cultural; Galeria de Artes; Cursos Gratuitos; Rodas de conversa; Downloads gratuitos; Blog sobre economia criativa. Na página à direita, na parte superior a frase: reticências e muito mais. Sobre a folha, um celular com as seguintes informações na tela: Plataforma digital, abaixo um quadrado preto, sobre as bordas superior e esquerda, em letras caixa alta pretas: esquina gráfica. Dentro dele, nas bordas inferior e direita, em letras caixa alta brancas: esquina gráfica. Abaixo do quadrado, entre vetores de linhas pretas, o texto: Estamos construindo a melhor plataforma de ilustradores que você já viu. “A melhor” está em letras vermelhas, as demais palavras em letras pretas. À esquerda do caderno, uma grosa de lápis marrons amarrados com duas voltas de barbante e um laço, cujas pontas e base possuem cores diversas. Na parte superior, imagem parcial de uma paleta de cores de aquarela dispostas em quadrados em um estojo branco e pincéis de cerdas claras. À direita do caderno, imagem parcial de carimbos manuais para tipografia individual das letras do alfabeto. Abaixo, imagem parcial de alguns lápis de cor rústicos, bloco com folhas brancas e de um vasinho branco com terra.

É com grande satisfação que a ESQUINA GRÁFICA retoma suas atividades, e já voltamos com muitas novidades!

Convidamos você a prestigiar as Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais com Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli. As ações são gratuitas e ocorrem de 22 a 25 de março, às 19h30, pelo canal do YouTube da Esquina Gráfica https://bit.ly/YouTubeEsquinaGrafica, com classificação livre e interpretação em Libras.

As oficinas são voltadas para artistas visuais catarinenses, brasileiros e imigrantes, com ou sem deficiência, sendo estes estudantes, acadêmicos, pesquisadores e professores, profissionais autônomos, artistas em busca de inserção no mercado de ilustração, com ou sem formação acadêmica na área, de todas as classes sociais; a partir de 16 anos, de todos gêneros e identificações étnico-raciais.

Tratando de temas como Atendimento, Precificação e CNPJ; Montagem de cronogramas e gerenciamento da rotina de trabalho; A importância da comunicação interpessoal, portfólio e redes sociais; Tipos de acessibilidade e como realizar produções culturais acessíveis; as oficinas serão ministradas por Qiah Salla e Maria Teresa Piccoli, ele CEO e ela coordenadora de projetos e de equipe de criação da Dois Pontos: Una! -; respectivamente.

Nosso objetivo é criar um espaço de aprendizado para auxiliar no aprimoramento da oferta e venda de produtos e serviços, com a representatividade de artistas das mais diversas categorias das Artes Visuais: grafismo e arte indígena, cultura hip hop e grafite, colagem, caricatura, arte digital, animação, caligrafia/lettering, gravura, desenho, fotografia, pintura/ilustração em objetos, xilogravura, quadrinhos, design gráfico, estamparia, pintura, tatuagem, muralismo, entre muitas outras mídias.

Enquanto Plataforma Criativa, nosso foco é oportunizar ao artista um posicionamento de mercado com presença digital profissional, que possibilite ter seu trabalho reconhecido, contratado e prestigiado por empresas, instituições e admiradores das artes de qualquer parte do Brasil.

Desde a sua criação em 2020, temos como meta que nossos espaços sejam plenos em acessibilidade, diversidade, representatividade e igualdade de oportunidades. Para isso, nosso site (em construção) já dispõe de navegação acessível através da tradutora virtual de LIBRAS Maya, audiodescrição no Alt Text de imagens e botões, navegabilidade organizada através da tecla tab em computadores e habilitação de zoom para acesso mobile. Além de perfil do instagram com toda a comunicação dos projetos 2022 provendo acessibilidade através de audiodescrição.

O Projeto Cultural ESQUINA GRÁFICA – Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais, da Tita Tinta Ilustrações, é patrocinado pelo Edital Aldir Blanc 2021 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

AÇÃO EXTRA: Debate “Cultura Inclusiva e Direitos Humanos: o que eu tenho a ver com isso?”

O projeto também conta com a colaboração do NEPTA (Núcleo de Educação na Perspectiva das Tecnologias e Alteridade) da UFSC Campus Blumenau; e como ação extra, no dia 23 de março, traz o debate: “Cultura Inclusiva e Direitos Humanos: o que eu tenho a ver com isso?”. A live ocorre às 14h30 pelo canal https://bit.ly/YouTubeEsquinaGrafica e contará com a participação da professora Renata Orlandi (UFSC Blumenau), da produtora cultural Soila Freese (Mono Produções), do presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Rio do Sul, Michel Kleinschmidt, e convidados. A ação é gratuita e aberta ao público, com interpretação em LIBRAS.

PRÓXIMA ETAPA: Concurso Cultural para ocupação artística da Plataforma

As Oficinas de Autoprodução para Artistas Visuais oferecem capacitação para que os/as artistas possam prestigiar o Concurso Cultural ESQUINA GRÁFICA, que abre inscrições no segundo semestre de 2022, para a ocupação da estrutura web da primeira Plataforma Criativa de Artistas Visuais acessível do Brasil: www.esquinagrafica.com.br. Num espaço organizado de forma profissional, os artistas poderão apresentar seu trabalho, portfólio, e demais informações para que possam ser contratados por empresas e pessoas de qualquer parte do Brasil, assim como vender seus produtos. Este concurso prevê a ocupação de forma totalmente gratuita e sem nenhuma taxa de inscrição, com recorte de acesso garantido para artistas indígenas, negros/as, com deficiência, terceira idade e recém-ingressos no mercado.

Além do espaço disponibilizado para artistas, a Plataforma Criativa contará ainda com uma Galeria Permanente de Arte Acessível, área de formação/cursos, entre outras novidades.

Uma verdadeira revolução na forma de prestigiar arte e contratar artistas visuais na região… ou de qualquer lugar do Brasil!

O Projeto Cultural Plataforma Digital ESQUINA GRÁFICA, da Tita Tinta Ilustrações, é patrocinado pela Prefeitura Municipal de Blumenau e pela Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais de Blumenau, por meio do Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau.

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Arte: Tita Tinta Ilustra
Audiodescrição: Ouvindo Imagens
Web Design: 3w4u

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